Aquela que, no cômputo geral, é provavelmente a melhor Liga do Mundo aproxima-se do fim. As posições estão mais ou menos clarificadas, o título para o Man Utd, os lugares da Champions para o Big Four, a UEFA para Everton, Aston Villa e um terceiro clube entre City, West Ham e Fulham. A despromoção é um cenário cada vez mais real para WBA e Middlesbrough, ao mesmo tempo que Hull City, Sunderland e Newcastle fogem à última 'vaga'.
O defeso está a chegar com as ofertas mirabolantes, as trocas de jogadores entre clubes concorrentes, tudo o que torna o mercado inglês um dos mercados de transferências mais peculiares. Na boca de muitos treinadores, na lista de muitos empresários, estarão muitos dos jogadores revelação desta época.
Denilson - não foi a primeira época de Arsenal. O jovem brasileiro já fazia parte dos quadros da turma de Wenger há algum tempo, mas foi este o ano da sua afirmação. Teve como principal desígnio substituir Gilberto Silva, depois de um defeso em que o Arsenal procurou sem sucesso, um pivot defensivo. E a sua época foi bastante bem conseguida. Competente na cobertura defensiva, dá qualidade à equipa na saída para o ataque, e contribuiu decisivamente com algumas assistências. Ao lado de Fabregas, o rendimento de Denilson foi muito positivo.
Ashley Young e Agbonlahor - residiu no Aston Villa a sociedade mais entusiasmante na primeira metade da Premier League. Estes jovens ingleses, rápidos, técnicos e explosivos conduziram o Villa a uma luta bem real pelo apuramento para a Champions, que o Arsenal enterrou quando o campeonato se aproximou do fim. Ainda assim nada apaga a carreira destas duas promessas reais, desequilibrando o adversário essencialmente em velocidade. Apesar de tudo são diferentes, Young mais técnico sobre a ala, Agbonlahor mais forte em frente à baliza, aparece mais no meio. A próxima época, provavelmente ainda no Villa, será a da confirmação, ao mesmo tempo que a Selecção Inglesa será um cenário cada vez mais constante.
Taylor e Davies - Se falei de uma sociedade interessante na primeira metade da época, Matt Taylor e Kevin Davies representam uma das mais interessantes no terço final, ao serviço do Bolton. Apesar de não serem propriamente jogadores revelação, atingiram níveis qualitativos bastante elevados, provavelmente mais do que o que seria expectável. Kevin Davies fortíssimo dentro da área, essencialmente de cabeça. Matt Taylor, temível nas bolas paradas, lateral de origem, com um bom pé esquerdo que lhe permitiu avançar no terreno e ter mais oportunidades de visar a baliza. Foram os golos destes dois homens que permitiram ao Bolton fugir da linha de água e à perspectiva (por altura do Natal muito real) de despromoção.
Baines e Fellaini - Num Everton cada vez mais sólido e constante e superiormente bem orientado por David Moyes, Leighton Baines e Marouane Fellaini são as faces do novo futebol da equipa. Um acréscimo de qualidade para acompanhar os já interessantes Jagielka, Lescott, Arteta, Cahill ou Yakubu. 2008/2009 foi já a segunda época para Baines, vindo do Wigan, mas foi apenas a partir de Dezembro que o lateral esquerdo se afirmou. Competente a defender, muito bom a atacar, Baines é hoje, depois de Ashley Cole, o melhor lateral esquerdo inglês.
A tarefa de Fellaini não era fácil. Grande revelação do campeonato belga, chegou ao Everton por um valor muito próximo dos 20milhões de euros, e tinha como companheiros de meio-campo Arteta, Cahill, Phil Neville, Pienaar ou Leon Osman. Contudo, o belga agarrou o lugar, num estilo técnico e robusto, mas capaz de contribuir com muitos golos para a equipa. Sinal muito positivo para esta primeira época de Premier League.
Turner - Num Hull City que inicialmente foi a grande surpresa do campeonato, e que actualmente luta para não descer, Michael Turner foi a par de Geovanni, a grande figura da equipa. Central tipicamente inglês, com boa leitura de jogo, forte no jogo aéreo e perigoso nas bolas paradas ofensivas, o jovem inglês na próxima época concerteza dará o salto para um clube de maior dimensão.
Skrtel - O Liverpool tem um bom lote de centrais. Embora nenhum seja verdadeiramente de top, Carragher, Agger, Hyppia e Martin Skrtel dão tranquilidade a Benitez no centro da defesa. O eslovaco, chegado do Zenit no mercado de transferências do Inverno de 2008, conquistou esta época o lugar ao lado do capitão Carragher, deixando Agger e Hyppia com pouco espaço de manobra. Rápido, forte no um para um, de processos simples, Skrtel fez uma boa época em Inglaterra.
Ireland - O irlandês do City é uma das grandes figuras do Campeonato. No 4x2x3x1 do City desempenha com qualidade quer o lugar de médio de transição quer o lugar de médio mais ofensivo. Apesar de tudo, é como médio de transição, vindo de trás, que Ireland melhor expressa o seu futebol. Sempre com grande qualidade na posse de bola, fortíssimo em movimentos verticais, Ireland aparece inúmeras vezes em situação de remate, e consegue muitos golos devido a essa capacidade. Será sem sombra de dúvidas, uma das grandes figuras do novo City.
Rafael da Silva - o jovem brasileiro que Queirós tenta seduzir para jogar por Portugal, é um jogador com muito potencial. Se no início da época se questionou bastante o facto de Ferguson não reforçar o lado direito da defesa, as prestações de Rafael deixaram claro que será ele o futuro dono do posto. Nesta primeira época, o dedo de Ferguson percebe-se pelo facto de a sua aparição no onze titular ser criteriosa e gradual, lutando pelo lugar com Brown, Neville e O'Shea. Contudo, nenhum destes terá já a qualidade de Rafael, que embora de baixa estatura e ainda com algumas limitações a nível de posicionamento, demonstra já inúmeras qualidades. Técnica apurada que lhe permite sair a jogar pela lateral, boa capacidade de cruzamento, rapidez na recuperação defensiva são as suas principais marcas.
Lennon e Modric - O Tottenham tem grandes valores individuais e no início da época havia muitas expectativas em White Hart Lane. Apesar de tudo, só após a troca de Juande Ramos pelo 'dinossauro' Redknapp é que a equipa conseguiu bons resultados. Para esta evolução, muito contribuíram os alas do 4x4x2 de HR: Aaron Lennon e Luka Modric. O croata cumpre a sua primeira época em Inglaterra e chegou ao Tottenham depois de um excelente Europeu. A fase inicial, jogando mais sobre a zona central foi de difícil afirmação, mas nos últimos tempos, partindo da esquerda, em movimentos interiores, fazendo uso do seu drible curto, da sua excelente capacidade de passe, tem feito grandes jogos.
De Lennon direi sem pestanejar, que é o jogador mais entusiasmante do último terço de Premier League. Com uma rapidez impressionante, sobre a direita, em drible curto ou ultrapassando os adversários em velocidade, Lennon é um quebra cabeças para os defesas adversários. Fortíssimo no contra-ataque, bom nos cruzamentos, o jovem inglês tem um números impressionantes nos últimos 10 jogos: 3 golos, 5 assistências, 4 vezes melhor em campo. Passam muito por estes dois jogadores as perspectivas de sucesso do Tottenham na próxima época.
Brunt - Este jovem médio norte irlandês, jogando na ala ou mais atrás do ponta de lança, tem sido também ele, uma boa surpresa. Com 8 golos marcados ao serviço do último classificado, na época de estreia no principal campeonato inglês, Brunt certamente não ficará mais tempo no WBA. As suas características que se distinguem pela finta curta e pela grande inteligência na ocupação dos espaços, pedem uma melhor equipa.
Carlton Cole - o 12 do West Ham não é propriamente um desconhecido. Aos 25 anos conta já com passagens por Chelsea e Aston Villa, mas, 9 golos e 5 assistências para golo, ao serviço dos londrinos, numa época que para ele terminou em Março, são de assinalar. Com 1,91 é o típico ponta de lança do velho futebol inglês, embora curiosamente seja mais forte a jogar com os pés.
Zaki e Valencia - O egípcio foi um dos grandes destaques individuais da primeira metade da época. Um bom avançado, que recua para receber a bola e não se limita a recebê-la perto da área. E muita facilidade de remate. Contudo, se, ao serviço do Wigan, 10 golos até Dezembro são uma marca excelente, o facto de não ter festejado qualquer um em 2009 merece um acompanhamento mais cuidado. A qualidade está lá, o lado psicológico parece não acompanhar.
O equatoriano Valência, foi um dos destaques já na época passada. Esperar-se-ia uma subida de rendimento na actual, mas tal não aconteceu. O nível manteve-se, e talvez o destaque aqui dado seja errado, mas o potencial e muitos bons momentos proporcionados pelo extremo direito fazem-me escolhê-lo. Quem sabe se não precisa do salto para explodir.
O defeso está a chegar com as ofertas mirabolantes, as trocas de jogadores entre clubes concorrentes, tudo o que torna o mercado inglês um dos mercados de transferências mais peculiares. Na boca de muitos treinadores, na lista de muitos empresários, estarão muitos dos jogadores revelação desta época.
Denilson - não foi a primeira época de Arsenal. O jovem brasileiro já fazia parte dos quadros da turma de Wenger há algum tempo, mas foi este o ano da sua afirmação. Teve como principal desígnio substituir Gilberto Silva, depois de um defeso em que o Arsenal procurou sem sucesso, um pivot defensivo. E a sua época foi bastante bem conseguida. Competente na cobertura defensiva, dá qualidade à equipa na saída para o ataque, e contribuiu decisivamente com algumas assistências. Ao lado de Fabregas, o rendimento de Denilson foi muito positivo.
Ashley Young e Agbonlahor - residiu no Aston Villa a sociedade mais entusiasmante na primeira metade da Premier League. Estes jovens ingleses, rápidos, técnicos e explosivos conduziram o Villa a uma luta bem real pelo apuramento para a Champions, que o Arsenal enterrou quando o campeonato se aproximou do fim. Ainda assim nada apaga a carreira destas duas promessas reais, desequilibrando o adversário essencialmente em velocidade. Apesar de tudo são diferentes, Young mais técnico sobre a ala, Agbonlahor mais forte em frente à baliza, aparece mais no meio. A próxima época, provavelmente ainda no Villa, será a da confirmação, ao mesmo tempo que a Selecção Inglesa será um cenário cada vez mais constante.
Taylor e Davies - Se falei de uma sociedade interessante na primeira metade da época, Matt Taylor e Kevin Davies representam uma das mais interessantes no terço final, ao serviço do Bolton. Apesar de não serem propriamente jogadores revelação, atingiram níveis qualitativos bastante elevados, provavelmente mais do que o que seria expectável. Kevin Davies fortíssimo dentro da área, essencialmente de cabeça. Matt Taylor, temível nas bolas paradas, lateral de origem, com um bom pé esquerdo que lhe permitiu avançar no terreno e ter mais oportunidades de visar a baliza. Foram os golos destes dois homens que permitiram ao Bolton fugir da linha de água e à perspectiva (por altura do Natal muito real) de despromoção.
Baines e Fellaini - Num Everton cada vez mais sólido e constante e superiormente bem orientado por David Moyes, Leighton Baines e Marouane Fellaini são as faces do novo futebol da equipa. Um acréscimo de qualidade para acompanhar os já interessantes Jagielka, Lescott, Arteta, Cahill ou Yakubu. 2008/2009 foi já a segunda época para Baines, vindo do Wigan, mas foi apenas a partir de Dezembro que o lateral esquerdo se afirmou. Competente a defender, muito bom a atacar, Baines é hoje, depois de Ashley Cole, o melhor lateral esquerdo inglês.
A tarefa de Fellaini não era fácil. Grande revelação do campeonato belga, chegou ao Everton por um valor muito próximo dos 20milhões de euros, e tinha como companheiros de meio-campo Arteta, Cahill, Phil Neville, Pienaar ou Leon Osman. Contudo, o belga agarrou o lugar, num estilo técnico e robusto, mas capaz de contribuir com muitos golos para a equipa. Sinal muito positivo para esta primeira época de Premier League.
Turner - Num Hull City que inicialmente foi a grande surpresa do campeonato, e que actualmente luta para não descer, Michael Turner foi a par de Geovanni, a grande figura da equipa. Central tipicamente inglês, com boa leitura de jogo, forte no jogo aéreo e perigoso nas bolas paradas ofensivas, o jovem inglês na próxima época concerteza dará o salto para um clube de maior dimensão.
Skrtel - O Liverpool tem um bom lote de centrais. Embora nenhum seja verdadeiramente de top, Carragher, Agger, Hyppia e Martin Skrtel dão tranquilidade a Benitez no centro da defesa. O eslovaco, chegado do Zenit no mercado de transferências do Inverno de 2008, conquistou esta época o lugar ao lado do capitão Carragher, deixando Agger e Hyppia com pouco espaço de manobra. Rápido, forte no um para um, de processos simples, Skrtel fez uma boa época em Inglaterra.
Ireland - O irlandês do City é uma das grandes figuras do Campeonato. No 4x2x3x1 do City desempenha com qualidade quer o lugar de médio de transição quer o lugar de médio mais ofensivo. Apesar de tudo, é como médio de transição, vindo de trás, que Ireland melhor expressa o seu futebol. Sempre com grande qualidade na posse de bola, fortíssimo em movimentos verticais, Ireland aparece inúmeras vezes em situação de remate, e consegue muitos golos devido a essa capacidade. Será sem sombra de dúvidas, uma das grandes figuras do novo City.
Rafael da Silva - o jovem brasileiro que Queirós tenta seduzir para jogar por Portugal, é um jogador com muito potencial. Se no início da época se questionou bastante o facto de Ferguson não reforçar o lado direito da defesa, as prestações de Rafael deixaram claro que será ele o futuro dono do posto. Nesta primeira época, o dedo de Ferguson percebe-se pelo facto de a sua aparição no onze titular ser criteriosa e gradual, lutando pelo lugar com Brown, Neville e O'Shea. Contudo, nenhum destes terá já a qualidade de Rafael, que embora de baixa estatura e ainda com algumas limitações a nível de posicionamento, demonstra já inúmeras qualidades. Técnica apurada que lhe permite sair a jogar pela lateral, boa capacidade de cruzamento, rapidez na recuperação defensiva são as suas principais marcas.
Lennon e Modric - O Tottenham tem grandes valores individuais e no início da época havia muitas expectativas em White Hart Lane. Apesar de tudo, só após a troca de Juande Ramos pelo 'dinossauro' Redknapp é que a equipa conseguiu bons resultados. Para esta evolução, muito contribuíram os alas do 4x4x2 de HR: Aaron Lennon e Luka Modric. O croata cumpre a sua primeira época em Inglaterra e chegou ao Tottenham depois de um excelente Europeu. A fase inicial, jogando mais sobre a zona central foi de difícil afirmação, mas nos últimos tempos, partindo da esquerda, em movimentos interiores, fazendo uso do seu drible curto, da sua excelente capacidade de passe, tem feito grandes jogos.
De Lennon direi sem pestanejar, que é o jogador mais entusiasmante do último terço de Premier League. Com uma rapidez impressionante, sobre a direita, em drible curto ou ultrapassando os adversários em velocidade, Lennon é um quebra cabeças para os defesas adversários. Fortíssimo no contra-ataque, bom nos cruzamentos, o jovem inglês tem um números impressionantes nos últimos 10 jogos: 3 golos, 5 assistências, 4 vezes melhor em campo. Passam muito por estes dois jogadores as perspectivas de sucesso do Tottenham na próxima época.
Brunt - Este jovem médio norte irlandês, jogando na ala ou mais atrás do ponta de lança, tem sido também ele, uma boa surpresa. Com 8 golos marcados ao serviço do último classificado, na época de estreia no principal campeonato inglês, Brunt certamente não ficará mais tempo no WBA. As suas características que se distinguem pela finta curta e pela grande inteligência na ocupação dos espaços, pedem uma melhor equipa.
Carlton Cole - o 12 do West Ham não é propriamente um desconhecido. Aos 25 anos conta já com passagens por Chelsea e Aston Villa, mas, 9 golos e 5 assistências para golo, ao serviço dos londrinos, numa época que para ele terminou em Março, são de assinalar. Com 1,91 é o típico ponta de lança do velho futebol inglês, embora curiosamente seja mais forte a jogar com os pés.
Zaki e Valencia - O egípcio foi um dos grandes destaques individuais da primeira metade da época. Um bom avançado, que recua para receber a bola e não se limita a recebê-la perto da área. E muita facilidade de remate. Contudo, se, ao serviço do Wigan, 10 golos até Dezembro são uma marca excelente, o facto de não ter festejado qualquer um em 2009 merece um acompanhamento mais cuidado. A qualidade está lá, o lado psicológico parece não acompanhar.
O equatoriano Valência, foi um dos destaques já na época passada. Esperar-se-ia uma subida de rendimento na actual, mas tal não aconteceu. O nível manteve-se, e talvez o destaque aqui dado seja errado, mas o potencial e muitos bons momentos proporcionados pelo extremo direito fazem-me escolhê-lo. Quem sabe se não precisa do salto para explodir.
2 comentários:
Eu acrescentaria o gr do Fulham e um dos seus defesas: Schwarzer e Hangeland, sendo que o Fulham tem uma das melhores defesas da Premiership.
low desert puke,
Schwarzer é um bom GR, já com uma boa carreira de Premier League, fez uma boa época, dentro do habitual.
Já Hangeland, podia de facto figurar nesta lista. Apesar de não ser um grande apreciador das suas características, considero-o um bom jogador, e na primeira época de Inglaterra é também uma revelação. Já foi inclusive relacionado com uma transferência para Arsenal, City ou Liverpool. Boa dica.
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