O clube ucraniano tem pouco mais de 70 anos de vida. Ainda longe do centenário, ainda longe da grandeza histórica dos rivais de Kiev, onde se destaca o Dynamo. Contudo, desde a virada do século, os 'laranjas' de Donetsk adquiriram um maior protagonismo interno, alargado nas últimas épocas para carreiras interessantes no domínio europeu. Terminaram com a hegemonia do clube da capital, ao mesmo tempo que conseguem já a maior média de assistências do campeonato ucraniano.
Se o maior protagonismo interno foi inicialmente adquirido, como referi, na viragem do século (Taça da Ucrânia em 2001, Dobradinha em 2002), com recurso a jogadores ucranianos (os africanos Aghahowa e Okoronkwo seriam as excepções com maior qualidade), foi a partir de 2004/2005, com a abertura das fronteiras de Donetsk ao mercado brasileiro que o clube deu o grande salto. A nível interno campeonatos conquistados em 2005, 2006 e 2008, Taça em 2008, Supertaça em 2005 e 2008. E a chegada de brasileiros como Elano, Jadson, Matuzálem, Leonardo, Fernandinho, Willian, Ilsinho ou Luiz Adriano. Tudo jovens com grande margem de evolução, e ainda não totalmente preparados para o salto do Brasileirão para os grandes clubes dos principais campeonatos, ao mesmo tempo que apresentam uma qualidade indiscutível.
Na Europa, e depois de carreiras interessantes na Taça UEFA e na Liga dos Campeões, chegou hoje a consagração na UEFA. Sob o comando do competente Mircea Lucescu, o Shakhtar emergiu de um grupo interessante de candidatos onde figuravam nomes fortes como Milan, Valência ou Zenit e interessantes como Bremen, Hamburgo, City, Villa, Tottenham, Udinese, Marselha ou CSKA, entre outros. Nesta competição, que neste formato, teve o seu término em 2008/2009, é difícil apontar o clube mais forte. Essencialmente pelo facto de os treinadores rodarem bastante o onze, privilegiando as competições internas. Apesar de tudo, os ucranianos foram certamente das equipas mais fortes e consolidadas e como tal, a vitória final assenta bem.
Tacticamente a equipa assenta num 4x2x3x1, muito dinâmico. Na baliza Pyatov é um guarda-redes interessante, com bons reflexos e apesar da falha monumental frente ao Bremen, mais forte entre os postes do que fora deles. À sua frente Chygrynskiy é titular indiscutível, o típico central da escola ucraniana, corpulento mas com grande leitura de jogo e forte no desarme, enquanto Kucher e Ischenko discutem a outra vaga. Os laterais são jogadores semelhantes, de muitíssima qualidade e de grande propensão ofensiva. O croata Darijo Srna e o romeno Rat, dois protótipos do lateral moderno.
Á frente da defesa um duplo pivot. Hubschmann mais posicional (castigado na final e substituído por Lewandowski), compensa quase sempre as subidas dos laterais. No papel ao seu lado, mas com incomparavelmente mais liberdade o tecnicista Fernandinho, temível na bola parada, e com grande facilidade de remate. Nas laterais, igualmente dois brasileiros. Ilsinho (lateral de origem mas com grande qualidade técnica) mais vertical na direita, o jovem Willian mais sobre a esquerda, ele que originalmente é uma espécie de 10 à moda antiga, quase sempre em diagonais para o interior do terreno, deixando as costas para as subidas de Rat.
Mais adiantados, os maiores desequilibradores e fazedores de golos: Luiz Adriano mais fixo na frente, entre os centrais. Jadson nas suas costas, numa espécie de 'jogador 9,5', capaz de contribuir com bastantes golos e assistências. Referência ainda para Marcelo Moreno, boliviano vindo do Cruzeiro, que na UEFA jogou pouco, mas com muito futebol nos pés, e uma próxima temporada à espera da explosão no futebol europeu.
Enfim, os ucranianos mantiveram o bom registo dos países de leste na Taça UEFA. Nas últimas 5 épocas, pelo meio da dobradinha do Sevilha, CSKA, Zenit e agora Shakhtar inscreveram o nome na galeria dos vencedores. Para o clube de Donetsk este é o mote decisivo para o estabelecimento de um nome forte e respeitado na Europa do futebol. O grande desígnio do actual presidente - vencer a Liga dos Campeões, pode já ter estado mais longe.
Se o maior protagonismo interno foi inicialmente adquirido, como referi, na viragem do século (Taça da Ucrânia em 2001, Dobradinha em 2002), com recurso a jogadores ucranianos (os africanos Aghahowa e Okoronkwo seriam as excepções com maior qualidade), foi a partir de 2004/2005, com a abertura das fronteiras de Donetsk ao mercado brasileiro que o clube deu o grande salto. A nível interno campeonatos conquistados em 2005, 2006 e 2008, Taça em 2008, Supertaça em 2005 e 2008. E a chegada de brasileiros como Elano, Jadson, Matuzálem, Leonardo, Fernandinho, Willian, Ilsinho ou Luiz Adriano. Tudo jovens com grande margem de evolução, e ainda não totalmente preparados para o salto do Brasileirão para os grandes clubes dos principais campeonatos, ao mesmo tempo que apresentam uma qualidade indiscutível.
Na Europa, e depois de carreiras interessantes na Taça UEFA e na Liga dos Campeões, chegou hoje a consagração na UEFA. Sob o comando do competente Mircea Lucescu, o Shakhtar emergiu de um grupo interessante de candidatos onde figuravam nomes fortes como Milan, Valência ou Zenit e interessantes como Bremen, Hamburgo, City, Villa, Tottenham, Udinese, Marselha ou CSKA, entre outros. Nesta competição, que neste formato, teve o seu término em 2008/2009, é difícil apontar o clube mais forte. Essencialmente pelo facto de os treinadores rodarem bastante o onze, privilegiando as competições internas. Apesar de tudo, os ucranianos foram certamente das equipas mais fortes e consolidadas e como tal, a vitória final assenta bem.
Tacticamente a equipa assenta num 4x2x3x1, muito dinâmico. Na baliza Pyatov é um guarda-redes interessante, com bons reflexos e apesar da falha monumental frente ao Bremen, mais forte entre os postes do que fora deles. À sua frente Chygrynskiy é titular indiscutível, o típico central da escola ucraniana, corpulento mas com grande leitura de jogo e forte no desarme, enquanto Kucher e Ischenko discutem a outra vaga. Os laterais são jogadores semelhantes, de muitíssima qualidade e de grande propensão ofensiva. O croata Darijo Srna e o romeno Rat, dois protótipos do lateral moderno.
Á frente da defesa um duplo pivot. Hubschmann mais posicional (castigado na final e substituído por Lewandowski), compensa quase sempre as subidas dos laterais. No papel ao seu lado, mas com incomparavelmente mais liberdade o tecnicista Fernandinho, temível na bola parada, e com grande facilidade de remate. Nas laterais, igualmente dois brasileiros. Ilsinho (lateral de origem mas com grande qualidade técnica) mais vertical na direita, o jovem Willian mais sobre a esquerda, ele que originalmente é uma espécie de 10 à moda antiga, quase sempre em diagonais para o interior do terreno, deixando as costas para as subidas de Rat.
Mais adiantados, os maiores desequilibradores e fazedores de golos: Luiz Adriano mais fixo na frente, entre os centrais. Jadson nas suas costas, numa espécie de 'jogador 9,5', capaz de contribuir com bastantes golos e assistências. Referência ainda para Marcelo Moreno, boliviano vindo do Cruzeiro, que na UEFA jogou pouco, mas com muito futebol nos pés, e uma próxima temporada à espera da explosão no futebol europeu.
Enfim, os ucranianos mantiveram o bom registo dos países de leste na Taça UEFA. Nas últimas 5 épocas, pelo meio da dobradinha do Sevilha, CSKA, Zenit e agora Shakhtar inscreveram o nome na galeria dos vencedores. Para o clube de Donetsk este é o mote decisivo para o estabelecimento de um nome forte e respeitado na Europa do futebol. O grande desígnio do actual presidente - vencer a Liga dos Campeões, pode já ter estado mais longe.
1 comentários:
Bom blog.Visita e comenta em:http://world-futebol.blogspot.com/
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