No Manchester United mora uma autêntica constelação de estrelas. Olhando para o plantel, vemos que apenas existe alguma falta de cobertura na lateral direita da defesa (onde já actuaram Rafael da Silva, Gary Neville, Wes Brown e John O'Shea), e talvez na zona central porque Evans, embora promissor, está ainda a bastante distância, qualitativamente falando, de Vidic ou Ferdinand.
Também por isso, referi, por alturas de Novembro, que acreditava que a equipa tinha todas as condições para vencer as cinco competições em que estava envolvida - Campeonato do Mundo de Clubes, Taça da Liga, Taça de Inglaterra, Premier League e Liga dos Campeões. Tendo sempre claro, que no futebol, uma escorregadela ou uma bola no poste, por exemplo, podem separar a glória do fracasso.
Mas o futebol de grande qualidade praticado pela equipa, além de atractivo visualmente, eficaz e cínico e sólido quando é preciso (assim foi no Dragão), indicava que não seria uma coincidência a equipa atingir a glória máxima. Seria antes, o reflexo do trabalho e da qualidade, aliados a uma pontinha de sorte necessária neste tipo de feitos únicos, e que já tinha sido vista na conquista da Taça da Liga, nos penalties frente ao Tottenham, já depois de em Dezembro vencer o Campeonato do Mundo.
A Premier League, a 6 jornadas do fim, não está ainda decidida, apesar de o Man Utd seguir em primeiro com um ponto de vantagem sobre o Liverpool, e menos um jogo a disputar em casa. Na Liga dos Campeões, está já na recta final da prova, e defronta o Arsenal nas meias-finais. Mas a Taça de Inglaterra, e o feito mítico, perdeu-os hoje, em Wembley, frente ao Everton. Foi no desempate por grandes penalidades, onde não teve a tal fortuna que acompanhou a equipa frente ao Tottenham e até frente ao Chelsea, em Moscovo, na época passada. Mas ainda antes da bola começar a rolar, Alex Ferguson foi capaz de dissipar a vantagem natural do Manchester com uma gestão duvidosa.
O Manchester jogou no Porto na última 4aF, recebe o Portsmouth para o campeonato, na próxima 4aF e disputava hoje, em terreno neutro, a meia-final de uma competição com um valor simbólico muito grande em Inglaterra. Frente a um adversário, o Everton, que depois do 'big four' e aproveitando o menor fulgor actual do Aston Villa, é a quinta melhor equipa inglesa.
Ferguson considerou, e penso que olha a ciclos semanais, que no binómio importância/dificuldade a partida com o Everton não era tão relevante.
Sendo assim, deixou de fora do onze Van der Sar, Evra, Carrick, Scholes, Giggs, Rooney, Ronaldo ou Berbatov, todos titulares no Dragão. O Everton alinhando com os melhores, levou o jogo à decisão final e Ferguson caiu. Por estas opções se percebe que o treinador do Manchester joga actualmente as 'fichas todas' na Liga dos Campeões e no campeonato. Mas parece-me relevante perguntar, se não seria possível vencer hoje e na 4aF, com alguma gestão na partida com o Portsmouth.
É principalmente neste campo que se nota mais a ausência de Carlos Queiroz. Mais do que capacidade e tenacidade de acção ao longo dos 90 minutos, mais até do que no escalonamento de onzes, o português é forte na gestão de recursos humanos, em consonância com os objectivos do clube e o rendimento dos jogadores. Até porque era já CQ o homem que estava mais perto dos atletas no processo de treino. Actualmente, quando a gestão ganha uma importância fundamental principalmente nas equipas que, nesta fase da época, estão envolvidas em mais do que uma competição, esta é a segunda brecha aberta no clube.
Por alturas do confronto europeu, com o Porto, Ferguson fez mal a gestão das partidas para o campeonato, defrontando o Aston Villa (por opção), num Domingo, dois dias antes do jogo da Champions. De facto conseguiu reverter a conjectura desfavorável da primeira mão, mas o clube correu mais riscos que aqueles que eram previstos. A época ainda não acabou, mas Ferguson já não terá mais o desconforto que tinha revelado por estar ainda em três competições. Daqui para a frente a rotatividade será mais fácil de fazer, porque as selecções só regressam em Junho e a Taça de Inglaterra foi já perdida. O Manchester previsivelmente voltará a ser um candidato fortíssimo a ganhar o que lhe resta.
Também por isso, referi, por alturas de Novembro, que acreditava que a equipa tinha todas as condições para vencer as cinco competições em que estava envolvida - Campeonato do Mundo de Clubes, Taça da Liga, Taça de Inglaterra, Premier League e Liga dos Campeões. Tendo sempre claro, que no futebol, uma escorregadela ou uma bola no poste, por exemplo, podem separar a glória do fracasso.
Mas o futebol de grande qualidade praticado pela equipa, além de atractivo visualmente, eficaz e cínico e sólido quando é preciso (assim foi no Dragão), indicava que não seria uma coincidência a equipa atingir a glória máxima. Seria antes, o reflexo do trabalho e da qualidade, aliados a uma pontinha de sorte necessária neste tipo de feitos únicos, e que já tinha sido vista na conquista da Taça da Liga, nos penalties frente ao Tottenham, já depois de em Dezembro vencer o Campeonato do Mundo.
A Premier League, a 6 jornadas do fim, não está ainda decidida, apesar de o Man Utd seguir em primeiro com um ponto de vantagem sobre o Liverpool, e menos um jogo a disputar em casa. Na Liga dos Campeões, está já na recta final da prova, e defronta o Arsenal nas meias-finais. Mas a Taça de Inglaterra, e o feito mítico, perdeu-os hoje, em Wembley, frente ao Everton. Foi no desempate por grandes penalidades, onde não teve a tal fortuna que acompanhou a equipa frente ao Tottenham e até frente ao Chelsea, em Moscovo, na época passada. Mas ainda antes da bola começar a rolar, Alex Ferguson foi capaz de dissipar a vantagem natural do Manchester com uma gestão duvidosa.
O Manchester jogou no Porto na última 4aF, recebe o Portsmouth para o campeonato, na próxima 4aF e disputava hoje, em terreno neutro, a meia-final de uma competição com um valor simbólico muito grande em Inglaterra. Frente a um adversário, o Everton, que depois do 'big four' e aproveitando o menor fulgor actual do Aston Villa, é a quinta melhor equipa inglesa.
Ferguson considerou, e penso que olha a ciclos semanais, que no binómio importância/dificuldade a partida com o Everton não era tão relevante.
Sendo assim, deixou de fora do onze Van der Sar, Evra, Carrick, Scholes, Giggs, Rooney, Ronaldo ou Berbatov, todos titulares no Dragão. O Everton alinhando com os melhores, levou o jogo à decisão final e Ferguson caiu. Por estas opções se percebe que o treinador do Manchester joga actualmente as 'fichas todas' na Liga dos Campeões e no campeonato. Mas parece-me relevante perguntar, se não seria possível vencer hoje e na 4aF, com alguma gestão na partida com o Portsmouth.
É principalmente neste campo que se nota mais a ausência de Carlos Queiroz. Mais do que capacidade e tenacidade de acção ao longo dos 90 minutos, mais até do que no escalonamento de onzes, o português é forte na gestão de recursos humanos, em consonância com os objectivos do clube e o rendimento dos jogadores. Até porque era já CQ o homem que estava mais perto dos atletas no processo de treino. Actualmente, quando a gestão ganha uma importância fundamental principalmente nas equipas que, nesta fase da época, estão envolvidas em mais do que uma competição, esta é a segunda brecha aberta no clube.
Por alturas do confronto europeu, com o Porto, Ferguson fez mal a gestão das partidas para o campeonato, defrontando o Aston Villa (por opção), num Domingo, dois dias antes do jogo da Champions. De facto conseguiu reverter a conjectura desfavorável da primeira mão, mas o clube correu mais riscos que aqueles que eram previstos. A época ainda não acabou, mas Ferguson já não terá mais o desconforto que tinha revelado por estar ainda em três competições. Daqui para a frente a rotatividade será mais fácil de fazer, porque as selecções só regressam em Junho e a Taça de Inglaterra foi já perdida. O Manchester previsivelmente voltará a ser um candidato fortíssimo a ganhar o que lhe resta.
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