Em Portugal, não raras vezes se apontam falhas graves na estrutura dos clubes ou na sua política desportiva, como explicação para o insucesso. E, na verdade, são muitos os clubes de futebol profissional que apresentam défices de conhecimento em relação ao mundo do futebol, e ao melhor caminho para o sucesso.
Propus-me a fazer um pequeno exercício de eventuais medidas profícuas e de fácil adaptação pela maior parte dos clubes.
1 - a existência de uma estrutura 'independente' para o futebol, constituída em parte por elementos com ligações ao clube, e identificação com a sua realidade. Primando pela competência, como é óbvio. Com um elemento híbrido, fazendo a ponte entre a estrutura para o futebol, e a direcção.
2 - um departamento de comunicação, com elementos especializados nesta área, definindo estratégias e elegendo porta-vozes dentro da estrutura, sempre que se justifiquem declarações. Deve ter-se presente que a comunicação (para dentro e para fora) é um dos aspectos mais importantes no futebol actual.
3 - criar um mecanismo muito próprio, e em consonância com a História do clube em questão, de blindagem de balneário. Implementação de normas de conduta, para curto e médio prazo e consequente transmissão da mística clubista.
4 - dotar o futebol jovem de ideias uniformes, em harmonia com o universo da equipa principal (a já referida conduta profissional, processos de treino, modelos de jogo), por forma a que a transição para o futebol sénior seja mais frequente e menos impactante.
5 - departamento de prospecção fortemente implementado a nível nacional. O mesmo se aplicará, internacionalmente, desde que haja condições para isso. Sempre com uma premissa presente: preferência a mercados ou zonas geográficas menos exploradas pelos clubes maiores.
6 - dentro da mesma linha do ponto anterior, criação de uma base de dados de jogadores, para recorrer quando seja necessário. Esse arquivo terá de ter em conta tanto o perfil futebolístico como o mental. Como tal, o avanço para a contratação de jogadores, deverá ter mais em conta observações in loco, e menos recurso ao DVD.
7 - criar ligações 'não perigosas' com alguns dos empresários 'dominadores' para potenciar a actuação no mercado.
8 - dotar o departamento médico de estabilidade, tranquilidade, e de boas condições. Deixando-os trabalhar sempre na sombra, em consonância com os objectivos dos clubes.
9 - criar protocolos com outros clubes (portugueses ou de expressão portuguesa).
10 - mesmo que o imediatismo dos resultados o exija, a contratação de jogadores mais próximos de encerrar a carreira deve principalmente servir de alavanca para a sustentação dos jovens jogadores, para que estes mais facilmente possam caminhar com os seus próprios pés, levando o clube a resultados.
Preferência à manutenção de activos, em lugar de constantes contratações e vendas. Ponderar a implementação de contratos por objectivos.
11 - a contratação de técnicos terá que ter em conta diversos aspectos, tais como o seu sucesso/resultados desportivos no modelo e sistema táctico que se pretende implementar. Resultados recentes, como pressuposto de que acompanha a evolução do futebol. Maior capacidade de resistir à pressão de potenciais momentos negativos.
Qualidade de comunicação e facilidade de criar empatia com adeptos. Ambição, tentando conciliar bons resultados com boas exibições. Capacidade de inserção na estrutura para o futebol, em colaboração estreita com o futebol jovem. Facilidade de motivação de jogadores e boa gestão de activos.
12 - formação de plantéis equilibrados, com alguns jogadores polivalentes, por forma a conseguir variar entre dois sistemas, sem necessidade de correrias desenfreadas ao mercado.
Havendo sem dúvida mais, todos os factores acima referidos me parecem importantes, quiçá fundamentais para o maior sucesso em alta competição.
Pena que ainda se olhe em demasia para o imediatismo dos resultados, e muitos clubes sejam geridos por quem tem 'vista curta'.
Propus-me a fazer um pequeno exercício de eventuais medidas profícuas e de fácil adaptação pela maior parte dos clubes.
1 - a existência de uma estrutura 'independente' para o futebol, constituída em parte por elementos com ligações ao clube, e identificação com a sua realidade. Primando pela competência, como é óbvio. Com um elemento híbrido, fazendo a ponte entre a estrutura para o futebol, e a direcção.
2 - um departamento de comunicação, com elementos especializados nesta área, definindo estratégias e elegendo porta-vozes dentro da estrutura, sempre que se justifiquem declarações. Deve ter-se presente que a comunicação (para dentro e para fora) é um dos aspectos mais importantes no futebol actual.
3 - criar um mecanismo muito próprio, e em consonância com a História do clube em questão, de blindagem de balneário. Implementação de normas de conduta, para curto e médio prazo e consequente transmissão da mística clubista.
4 - dotar o futebol jovem de ideias uniformes, em harmonia com o universo da equipa principal (a já referida conduta profissional, processos de treino, modelos de jogo), por forma a que a transição para o futebol sénior seja mais frequente e menos impactante.
5 - departamento de prospecção fortemente implementado a nível nacional. O mesmo se aplicará, internacionalmente, desde que haja condições para isso. Sempre com uma premissa presente: preferência a mercados ou zonas geográficas menos exploradas pelos clubes maiores.
6 - dentro da mesma linha do ponto anterior, criação de uma base de dados de jogadores, para recorrer quando seja necessário. Esse arquivo terá de ter em conta tanto o perfil futebolístico como o mental. Como tal, o avanço para a contratação de jogadores, deverá ter mais em conta observações in loco, e menos recurso ao DVD.
7 - criar ligações 'não perigosas' com alguns dos empresários 'dominadores' para potenciar a actuação no mercado.
8 - dotar o departamento médico de estabilidade, tranquilidade, e de boas condições. Deixando-os trabalhar sempre na sombra, em consonância com os objectivos dos clubes.
9 - criar protocolos com outros clubes (portugueses ou de expressão portuguesa).
10 - mesmo que o imediatismo dos resultados o exija, a contratação de jogadores mais próximos de encerrar a carreira deve principalmente servir de alavanca para a sustentação dos jovens jogadores, para que estes mais facilmente possam caminhar com os seus próprios pés, levando o clube a resultados.
Preferência à manutenção de activos, em lugar de constantes contratações e vendas. Ponderar a implementação de contratos por objectivos.
11 - a contratação de técnicos terá que ter em conta diversos aspectos, tais como o seu sucesso/resultados desportivos no modelo e sistema táctico que se pretende implementar. Resultados recentes, como pressuposto de que acompanha a evolução do futebol. Maior capacidade de resistir à pressão de potenciais momentos negativos.
Qualidade de comunicação e facilidade de criar empatia com adeptos. Ambição, tentando conciliar bons resultados com boas exibições. Capacidade de inserção na estrutura para o futebol, em colaboração estreita com o futebol jovem. Facilidade de motivação de jogadores e boa gestão de activos.
12 - formação de plantéis equilibrados, com alguns jogadores polivalentes, por forma a conseguir variar entre dois sistemas, sem necessidade de correrias desenfreadas ao mercado.
Havendo sem dúvida mais, todos os factores acima referidos me parecem importantes, quiçá fundamentais para o maior sucesso em alta competição.
Pena que ainda se olhe em demasia para o imediatismo dos resultados, e muitos clubes sejam geridos por quem tem 'vista curta'.
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