O topo dos principais campeonatos II

à(s) 03:08

sexta-feira, 27 de março de 2009


Hoje é dia de continuar o último post. Sobre o topo dos maiores campeonatos europeus. Na Alemanha mora o campeonato mais equilibrado da classe alta europeia. Provavelmente em Portugal discutir-se-ia se este seria um nivelamento por cima, por baixo ou pelo meio. Na Alemanha questiona-se qual será a equipa que chegará ao fim em primeiro, qual a equipa que acrescentara mais golos ao score, ou não fosse a média de golos da prova, elevadíssima.
No topo, actualmente o Hertha de Berlim. Cedo afastada da Taça Uefa (no grupo do Benfica), os berlinenses lideram isolados com um ponto de vantagem sobre um trio de segundos classificados. Será difícil conquistar o título, mesmo com uma dupla atacante composta por Voronin e Pantelic.
Porque a um ponto, Hamburgo, Bayern de Munique e Wolfsburgo seguem com esperanças intactas de festejar no final. Em termos de valia individual, o Bayern primeiro, Hamburgo (impressionante como mantém o nível mesmo perdendo Kompany, De Jong, Van der Vaart e Thiago Neves) e Wolfsburgo depois, seriam por esta ordem favoritos, mas dos três apenas o Wolfsburgo está fora da Europa. Barcelona e Manchester City são adversários temíveis para Bayern e Hamburgo, e o campeonato mostra-nos que estas equipas perdem algum fôlego interno em semana europeia. Contudo, aposto em ambos para ocupar os dois primeiros lugares.
Que já foram do Hoffenheim, equipa de operários, primeira época na principal divisão. A lesão grave de Ibisevic, estrela da companhia, tirou algum fôlego à equipa - actualmente segue em 5º. Pelo que actualmente um lugar nas competições europeias será um bom prémio final. Em luta com os históricos Leverkusen, Estugarda, Schalke e Dortmund. Quatro equipas com história interna e na Europa, e que lutarão entre si até final. Mais longe o Werder Bremen. Provavelmente de forma definitiva. A conquista da Taça Uefa como horizonte. E desde que não se consumem transferências, a ausência de Diego, Ozil ou Pizarro dos palcos europeus na próxima época.

O campeonato francês tem perdido o combate com o alemão pelo título de quarto melhor campeonato europeu. Para isso, o fosso cavado pelo passeio do heptacampeão Lyon. Esta época tem sido diferente. Claude Puel não conseguiu manter a equipa ao nível dos seus recentes pergaminhos. Marselha, Bordéus e PSG, Ben Arfa e Niang, Gourcouff e Chamakh, Rothen e Hoarou, estão à espreita, e a 1, 3 e 4 pontos, são adversários temíveis.
Também no centro da disputa, os 'outsiders' Lille, muito forte colectivamente, e o Toulouse com excelentes valores individuais, são adversários interessantes, mas que terão provavelmente mais dificuldade em competir com o Lyon. Um pouco mais abaixo, em 7º lugar, surge o Rennes ainda impulsionado pelo excelente trabalho de Laszlo Boloni.

Aqui ao lado em Espanha, uma prova fantástica. Bom futebol, grandes espectáculos, muitos golos, pouca polémica. Enfim, aquilo que faz a delícia de quem gosta de futebol. Depois, um super Barcelona, qual máquina de jogar futebol, segue imparável em primeiro, 6 pontos à frente de um bom Real Madrid que tem feito um dos melhores campeonatos dos últimos anos. Esta época não chegará para o primeiro lugar, mas permite aos madrilenos, em ano de eleições, o conforto de uma entrada directa na Liga dos Campeões, e mais condições para preparar a próxima época.
O Sevilha também o poderá fazer. Em 3º lugar, com vantagem pontual suficiente para de forma quase certa, contar com o regresso à prova rainha do futebol europeu. Para a boa performance, encontra-se parte da explicação na dupla de avançados, Kanouté e Fabiano, uma sociedade de fazer golos. O último lugar de acesso à Champions será o alvo da disputa mais equilibrada até final. Actualmente o Villarreal terá uma boa vantagem sobre os seus adversários, mas o facto de ainda estar em duas frentes, e as excelentes equipas de Atlético de Madrid e Valência (que mesmo passando por uma gravíssima crise financeira apresenta, depois do Barcelona, o melhor futebol da Liga), não deixarão Manuel Pellegrini dormir descansado.
Também na luta, Deportivo da Corunha e o surpreendente (e aportuguesado) Málaga, lutarão pela restante vaga, mas na direcção da Taça Uefa. Algo óptimo, olhando para o seu orçamento e os objectivos iniciais.

A partir de Abril, o espaço para errar desaparece por completo. O estofo das equipas, a qualidade dos intervenientes, a melhor ou pior preparação da época, vai-se perceber. Para uns, objectivos cumpridos e entrada no próximo ano futebolístico um passo à frente dos adversários directos. Para os outros, a pressão desta época, entra também na próxima, praticamente imutável. Porque o futebol é feito de ciclos, que apesar de tudo, estão interligados.

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