Em vésperas de duplo compromisso das selecções nacionais, esta será a melhor altura para fazer um balanço e uma espécie de antevisão, à luta pelos lugares cimeiros nos principais campeonatos. Ou não fossem estes dias, aproveitados pelos técnicos, pelos responsáveis, no fundo por todos os elementos ligados aos clubes, para sem pressão competitiva, preparar mais minuciosamente o resto da época. Gerindo os meios técnicos, logísticos e humanos à sua disposição, em virtude da condição actual, das perspectivas de crescimento, dos próprios adversários. Hoje Inglaterra e Itália. Amanhã, Espanha, França e Alemanha.
Começando pelo Norte. A Premier League claro está. Lembro-me de, em meados de Dezembro, aqui ter afirmado que o Manchester United (na altura 3º classificado), ser o principal candidato à reconquista do ceptro. Hoje, prestes a chegar a Abril, a turma de Alex Ferguson é líder do campeonato. Contudo, tem tido oscilações que não esperaria. Duas derrotas consecutivas e esclarecedoras (1x4 em Old Trafford frente ao Liverpool, e 0x2 em Craven Cottage frente ao Fulham). Esse facto conjugado com a mais recente performance do Liverpool (nada menos que fantástica), veio trazer alguma incerteza ao campeonato. O ponto que separa as duas equipas, com menos um jogo para o Man Utd, deixa antever uma disputa interessante até final. Com vantagem para o United.
Aliás, mesmo tendo em conta as últimas jornadas, parece-me que o Liverpool é uma equipa para ser levada mais a sério na Europa. Pela sua formatação nesse sentido exponenciada desde a chegada de Benitez, e por um plantel que tendo 13/14 jogadores excelentes, é um pouco curto. Nesse sentido, prevejo mais equilíbrio na luta pelo segundo lugar, com o Chelsea de Hiddink. Duas equipas que se enfrentam em palco europeu já em Abril, e onde o equilíbrio deverá ser palavra dominante. Ligeira vantagem interna para o eliminado da Liga dos Campeões. Mas uma previsível luta até ao final.
De seguida, outra parelha. Em luta pelo 4º lugar, Arsenal e Aston Villa. Wenger e O'Neill, dois treinadores que conjugam experiência e competência. O Villa é uma das grandes surpresas deste campeonato. Começou muito bem, andou muito perto do primeiro lugar, mas tem perdido fulgor. Essencialmente pelo facto de o seu plantel não permitir manter um rendimento alto por cada abaixamento de forma de jogadores mais importantes (actualmente Agbonlahor). Será 5º, e com muitíssimo mérito. Digo isto porque prevejo um final de época fulgurante do Arsenal. A todos os níveis. Os Gunners foram assolados por uma onda de lesões, que os afastou do título muito cedo. Embora a defesa tenha sido o suporte da equipa, no ataque foram notadas carências importantes. Também por isso o 5º lugar durante muito tempo. Actualmente em 4º lugar, com o Villa a 3 pontos, e com os regressos eminentes de Fabregas, Walcott, Rosicky, Eduardo e Adebayor, somados à contratação de Arshavin, o Arsenal poderá ainda aproximar-se do 3º classificado, e há muito que contar com eles na Liga dos Campeões.
Em relação aos dois últimos lugares de acesso às competições europeias, se quase seguramente se pode afirmar que o 6º será do regularíssimo Everton (mesmo sem Arteta), a luta pelo 7º lugar será interessante. West Ham, Wigan e Fulham estão bem posicionados, mas ligeiramente mais abaixo e em crescendo, os 'aspirantes a gigantes' City e Tottenham deverão discutir a última vaga entre si.
Em Itália, a coisa está mais definida. O ano zero de Mourinho no Calcio vai consagrá-lo mais jornada menos jornada, permitindo ao português, com um plantel envelhecido e onde se não se vêem muitos jogadores à sua imagem, prosseguir a saga vitoriosa de Mancini. Mesmo que a Juventus, em determinada altura da época tenha incomodado de certa forma o domínio do Inter, este nunca esteve verdadeiramente em causa. Afinal, esta ainda não é, passe a redundância, a velha 'Vecchia Signora'. Está a caminho de o ser, depois do ostracismo da segunda divisão, e provavelmente na próxima época teremos a verdadeira Juve.
Do Milan quase a mesma coisa. Os rossoneri estão a rejuvenescer um plantel que já deu muitas alegrias aos seus tiffosi, mas que actualmente não está ao nível de uma equipa dominadora em Itália e na Europa. Pato, Kaká, Flamini, Gourcouff, Thiago Silva e outros que chegarão, vão ser a nova face do Milan, por forma a readquirir o estatuto que a história lhes confere. Pelo que se tem visto, pelo afastamento das competições europeias e consequente focalização nas provas internas, e pelas distâncias pontuais, o panorama actual que nos dá Inter em primeiro, Juve em 2º e Milan em 3º, não deverá sofrer alterações.
O mesmo não se passará com o último lugar de acesso à Liga dos Campeões - 0 4º. Actualmente ocupado pelo surpreendente Génova de Diego Milito, mas que também é disputado por Fiorentina e Roma. Talvez a Fiorentina seja a mais forte candidata a repetir a presença na Champions, embora esta vá ser até final a luta mais emocionante da Serie A. Mutu, Gilardino, Montolivo e Kuzmanovic; Milito, Thiago Motta, Sculli e Jankovic ou Totti, Vucinic, De Rossi e Aquilani. Só um destes grupos veremos na próxima época no maior palco futebolístico europeu.
Se 0 6º lugar será interessante, 0 7º não será diferente. Embora haja bastantes equipas posicionadas para almejar esse feito, indico Palermo, Lazio, Napoles e Udinese como as mais habilitadas a atingi-lo. 4 planteis muito bem recheados de bons executantes, desde Miccoli e Cavani a Zarate e Pandev, passando por Lavezzi e Hamsik, Quagliarella e Di Natale. Mesmo que dos 4 tenha provavelmente o melhor plantel, a distância pontual e o facto de ainda estar em prova na Uefa deverão conferir o estatuto de menos favorito à Udinese. Mais candidatos, provavelmente a Lázio.
Uma coisa quero afirmar. Pese embora, nos últimos anos, tenhamos assistido a alguma perda de fulgor de alto nível das equipas italianas na Europa, é na Série A que existe o maior número de equipas capazes de se bater bem nas competições europeias - Champions e Taça Uefa. Mesmo que os mais fortes, os melhores dos melhores, continuem a morar na Velha Albion. Exceptuando o Futebol Total da Catalunha. Mas sobre isso falo amanhã.
Começando pelo Norte. A Premier League claro está. Lembro-me de, em meados de Dezembro, aqui ter afirmado que o Manchester United (na altura 3º classificado), ser o principal candidato à reconquista do ceptro. Hoje, prestes a chegar a Abril, a turma de Alex Ferguson é líder do campeonato. Contudo, tem tido oscilações que não esperaria. Duas derrotas consecutivas e esclarecedoras (1x4 em Old Trafford frente ao Liverpool, e 0x2 em Craven Cottage frente ao Fulham). Esse facto conjugado com a mais recente performance do Liverpool (nada menos que fantástica), veio trazer alguma incerteza ao campeonato. O ponto que separa as duas equipas, com menos um jogo para o Man Utd, deixa antever uma disputa interessante até final. Com vantagem para o United.
Aliás, mesmo tendo em conta as últimas jornadas, parece-me que o Liverpool é uma equipa para ser levada mais a sério na Europa. Pela sua formatação nesse sentido exponenciada desde a chegada de Benitez, e por um plantel que tendo 13/14 jogadores excelentes, é um pouco curto. Nesse sentido, prevejo mais equilíbrio na luta pelo segundo lugar, com o Chelsea de Hiddink. Duas equipas que se enfrentam em palco europeu já em Abril, e onde o equilíbrio deverá ser palavra dominante. Ligeira vantagem interna para o eliminado da Liga dos Campeões. Mas uma previsível luta até ao final.
De seguida, outra parelha. Em luta pelo 4º lugar, Arsenal e Aston Villa. Wenger e O'Neill, dois treinadores que conjugam experiência e competência. O Villa é uma das grandes surpresas deste campeonato. Começou muito bem, andou muito perto do primeiro lugar, mas tem perdido fulgor. Essencialmente pelo facto de o seu plantel não permitir manter um rendimento alto por cada abaixamento de forma de jogadores mais importantes (actualmente Agbonlahor). Será 5º, e com muitíssimo mérito. Digo isto porque prevejo um final de época fulgurante do Arsenal. A todos os níveis. Os Gunners foram assolados por uma onda de lesões, que os afastou do título muito cedo. Embora a defesa tenha sido o suporte da equipa, no ataque foram notadas carências importantes. Também por isso o 5º lugar durante muito tempo. Actualmente em 4º lugar, com o Villa a 3 pontos, e com os regressos eminentes de Fabregas, Walcott, Rosicky, Eduardo e Adebayor, somados à contratação de Arshavin, o Arsenal poderá ainda aproximar-se do 3º classificado, e há muito que contar com eles na Liga dos Campeões.
Em relação aos dois últimos lugares de acesso às competições europeias, se quase seguramente se pode afirmar que o 6º será do regularíssimo Everton (mesmo sem Arteta), a luta pelo 7º lugar será interessante. West Ham, Wigan e Fulham estão bem posicionados, mas ligeiramente mais abaixo e em crescendo, os 'aspirantes a gigantes' City e Tottenham deverão discutir a última vaga entre si.
Em Itália, a coisa está mais definida. O ano zero de Mourinho no Calcio vai consagrá-lo mais jornada menos jornada, permitindo ao português, com um plantel envelhecido e onde se não se vêem muitos jogadores à sua imagem, prosseguir a saga vitoriosa de Mancini. Mesmo que a Juventus, em determinada altura da época tenha incomodado de certa forma o domínio do Inter, este nunca esteve verdadeiramente em causa. Afinal, esta ainda não é, passe a redundância, a velha 'Vecchia Signora'. Está a caminho de o ser, depois do ostracismo da segunda divisão, e provavelmente na próxima época teremos a verdadeira Juve.
Do Milan quase a mesma coisa. Os rossoneri estão a rejuvenescer um plantel que já deu muitas alegrias aos seus tiffosi, mas que actualmente não está ao nível de uma equipa dominadora em Itália e na Europa. Pato, Kaká, Flamini, Gourcouff, Thiago Silva e outros que chegarão, vão ser a nova face do Milan, por forma a readquirir o estatuto que a história lhes confere. Pelo que se tem visto, pelo afastamento das competições europeias e consequente focalização nas provas internas, e pelas distâncias pontuais, o panorama actual que nos dá Inter em primeiro, Juve em 2º e Milan em 3º, não deverá sofrer alterações.
O mesmo não se passará com o último lugar de acesso à Liga dos Campeões - 0 4º. Actualmente ocupado pelo surpreendente Génova de Diego Milito, mas que também é disputado por Fiorentina e Roma. Talvez a Fiorentina seja a mais forte candidata a repetir a presença na Champions, embora esta vá ser até final a luta mais emocionante da Serie A. Mutu, Gilardino, Montolivo e Kuzmanovic; Milito, Thiago Motta, Sculli e Jankovic ou Totti, Vucinic, De Rossi e Aquilani. Só um destes grupos veremos na próxima época no maior palco futebolístico europeu.
Se 0 6º lugar será interessante, 0 7º não será diferente. Embora haja bastantes equipas posicionadas para almejar esse feito, indico Palermo, Lazio, Napoles e Udinese como as mais habilitadas a atingi-lo. 4 planteis muito bem recheados de bons executantes, desde Miccoli e Cavani a Zarate e Pandev, passando por Lavezzi e Hamsik, Quagliarella e Di Natale. Mesmo que dos 4 tenha provavelmente o melhor plantel, a distância pontual e o facto de ainda estar em prova na Uefa deverão conferir o estatuto de menos favorito à Udinese. Mais candidatos, provavelmente a Lázio.
Uma coisa quero afirmar. Pese embora, nos últimos anos, tenhamos assistido a alguma perda de fulgor de alto nível das equipas italianas na Europa, é na Série A que existe o maior número de equipas capazes de se bater bem nas competições europeias - Champions e Taça Uefa. Mesmo que os mais fortes, os melhores dos melhores, continuem a morar na Velha Albion. Exceptuando o Futebol Total da Catalunha. Mas sobre isso falo amanhã.
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