Inter x Milan. Aos 42 minutos de jogo, quando após um livre longo a meio-campo cobrado por Muntari, Maldini vigiava Adriano, não podia adivinhar que Pirlo e Kaladze iam falhar. O georgiano porque permitiu a Ibrahimovic saltar mais alto e endossar a bola para o interior da área. Pirlo porque não é o trabalhador incansável que é Ambrosini (que no início da partida tinha tirado um golo certo a Stankovic) e deixou o sérvio à vontade para fazer o 2x0.
Aí, o grandíssimo jogador italiano deve ter olhado para o banco, e vendo que defrontava uma equipa de Mourinho, constatou que já não ia a tempo da vitória, tão importante para o Milan reentrar na luta pelo título.
E o Milan não lutar pelo título até ao fim, na última época do monstro Maldini, é quase um sacrilégio. Paolo, nascido em 1968, passou 25 anos no Milan, clube da sua vida. Onde chegará a Maio com mais de mil jogos de vermelho e preto vestido. O grande capitão, um dos maiores símbolos da história de um dos principais clubes do mundo.
Constatar, impotentes, o final de carreira destes exemplos, devia a nós adeptos, deixar um misto de saudosismo e preocupação. Primeiro porque são já raros os Maldinis no futebol, e depois, porque o desporto-rei, na pele dos protagonistas, é cada vez mais um negócio e menos uma paixão. A mística vai deixando de existir, a identificação dos torcedores com os jogadores, onde ano após ano, apontando de olhos fechados para um lado do campo, se sabia quem seria o jogador que envergava a camisola do seu clube, também desaparece.
Vão sobrando as memórias. E de Maldini só podem ser positivas. O italiano é uma das vítimas das 'Bolas de Ouro'. Injustificadamente, nunca viu o seu nome ser distinguido a esse nível. Mas sempre falou desse facto de forma distinta e despreocupada. Um senhor dentro do campo e fora dele, reconhecidamente um exemplo de fair play.
O capitan eleganza, como os tiffosi apreciam chamar-lhe, foi um grande defesa lateral esquerdo. Rápido, com a boa escola defensiva italiana, pé esquerdo muito técnico, os seus bons cruzamentos eram sucessivos alimentadores dos avançados. Época após época, um destaque natural entre os melhores laterais do mundo.
Os anos foram passando também para o italiano, o futebol exigia cada vez mais dos laterais um vaivém no corredor, e Maldini foi aprimorando cada vez mais o saber táctico. Resultado? Passou a jogar mais frequentemente como central. E conseguiu figurar também neste posto específico como um dos melhores do mundo. Fantástico!
A verdade é que olhamos para o seu futebol, para todos os aspectos do seu jogo, e facilmente constatamos que se se proporcionasse, poderia também ter sido médio. O que nos dá ideia de quão completo é.
7 vezes campeão italiano, 1 Taça de Itália, 5 supercopas italianas, 5 vezes campeão europeu, 5 Supertaças europeias, 3 vezes campeão do mundo de clubes, 1 vez campeão do Mundo de clubes.
Olhamos para este palmarés fantástico e para a época actual, e constatamos que ver Maldini em Maio a despedir-se com a Taça UEFA (troféu que lhe falta) nas mãos seria uma justa homenagem a si e ao futebol. Perdoem-me os nacionalistas, mas para mim, Paolo e a sua carreira ultrapassam essas questões. Seria mais do que tudo, um obrigado! A camisola 3 no Milan? Essa nunca mais ninguém a veste.
Aí, o grandíssimo jogador italiano deve ter olhado para o banco, e vendo que defrontava uma equipa de Mourinho, constatou que já não ia a tempo da vitória, tão importante para o Milan reentrar na luta pelo título.
E o Milan não lutar pelo título até ao fim, na última época do monstro Maldini, é quase um sacrilégio. Paolo, nascido em 1968, passou 25 anos no Milan, clube da sua vida. Onde chegará a Maio com mais de mil jogos de vermelho e preto vestido. O grande capitão, um dos maiores símbolos da história de um dos principais clubes do mundo.
Constatar, impotentes, o final de carreira destes exemplos, devia a nós adeptos, deixar um misto de saudosismo e preocupação. Primeiro porque são já raros os Maldinis no futebol, e depois, porque o desporto-rei, na pele dos protagonistas, é cada vez mais um negócio e menos uma paixão. A mística vai deixando de existir, a identificação dos torcedores com os jogadores, onde ano após ano, apontando de olhos fechados para um lado do campo, se sabia quem seria o jogador que envergava a camisola do seu clube, também desaparece.
Vão sobrando as memórias. E de Maldini só podem ser positivas. O italiano é uma das vítimas das 'Bolas de Ouro'. Injustificadamente, nunca viu o seu nome ser distinguido a esse nível. Mas sempre falou desse facto de forma distinta e despreocupada. Um senhor dentro do campo e fora dele, reconhecidamente um exemplo de fair play.
O capitan eleganza, como os tiffosi apreciam chamar-lhe, foi um grande defesa lateral esquerdo. Rápido, com a boa escola defensiva italiana, pé esquerdo muito técnico, os seus bons cruzamentos eram sucessivos alimentadores dos avançados. Época após época, um destaque natural entre os melhores laterais do mundo.
Os anos foram passando também para o italiano, o futebol exigia cada vez mais dos laterais um vaivém no corredor, e Maldini foi aprimorando cada vez mais o saber táctico. Resultado? Passou a jogar mais frequentemente como central. E conseguiu figurar também neste posto específico como um dos melhores do mundo. Fantástico!
A verdade é que olhamos para o seu futebol, para todos os aspectos do seu jogo, e facilmente constatamos que se se proporcionasse, poderia também ter sido médio. O que nos dá ideia de quão completo é.
7 vezes campeão italiano, 1 Taça de Itália, 5 supercopas italianas, 5 vezes campeão europeu, 5 Supertaças europeias, 3 vezes campeão do mundo de clubes, 1 vez campeão do Mundo de clubes.
Olhamos para este palmarés fantástico e para a época actual, e constatamos que ver Maldini em Maio a despedir-se com a Taça UEFA (troféu que lhe falta) nas mãos seria uma justa homenagem a si e ao futebol. Perdoem-me os nacionalistas, mas para mim, Paolo e a sua carreira ultrapassam essas questões. Seria mais do que tudo, um obrigado! A camisola 3 no Milan? Essa nunca mais ninguém a veste.
2 comentários:
"A camisola 3 no Milan? Essa nunca mais ninguem a veste."
nao sei...seria engraçado ver o filho do maldini (que se nao me engano ja tem idade para ser senior" herdar a camisola do pai
De facto, essa é uma possibilidade que actualmente se põe. Mas apenas no caso do mais novo do clã Maldini chegar á equipa principal do Milan.
Caso contrário não, até porque a camisola será retirada no fim da época.
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