Olhamos para estes dois nomes. E pensamos no que têm em comum. Facilmente chegamos a duas semelhanças, óbvias: têm ambos 25 anos, são ambos grandíssimos jogadores. E depois pensamos nos oitavos de final da Champions.
Começo por Lisandro. Não tenho qualquer dúvida em afirmar que é para mim o melhor avançado do futebol português. Inteligente na procura dos espaços, facilidade espantosa em rematar com os dois pés. Bom jogo de cabeça, capacidade técnica e uma grande sede de bola, nunca dando um lance por perdido. Além disso, uma leitura de jogo acima da média.
Parte das suas qualidades viram-se no jogo contra o Atlético, para a Liga dos Campeões. Onde os grandes jogadores, que estão longe dos maiores palcos, ganham super-motivação. O primeiro golo é uma demonstração da capacidade de remate fácil com o pé esquerdo. No segundo, a sua leitura de jogo deixou Antonio Lopez a perguntar-se de onde tinha surgido. E Licha ajuda o Porto a empatar um jogo, onde fez mais do que o suficiente para vencer.
É certo que ao mais alto nível, tanto desperdício é perigoso. Mas o Atlético de Madrid é, indiscutivelmente, mais forte em casa. E no Porto, vai ter que procurar o resultado, dando espaço para os dragões jogarem da forma que mais gostam.
Voltando a Lisandro, de certa forma percebo o seu menor rendimento na Liga Portuguesa. Chegou a Portugal com muitos golos na bagagem. Nas duas primeiras épocas no Porto, foi encostado a uma linha. O ano passado, no centro, mostrou a sua melhor faceta. Neste, tem de dividir o seu habitat natural com o prodígio Hulk. Umas vezes no centro, outras na direita. Pretensas questões contratuais e um aproximar de fim de ciclo podem explicar o resto. De resto, Licha é isto. O típico (bom) jogador argentino. Sangue na guelra e muito futebol nos pés.
Hoje em Alvalade, nada ficou igual depois da passagem do scarface. Encostado a um flanco, onde cabem no futebol moderno os jogadores mais técnicos e capazes de decidir jogos, fez quase o que quis da equipa do Sporting. Quase sempre em movimentos interiores, percorreu sabiamente o espaço entre Abel e Tonel, ou entre Rochemback e os centrais. Sem nunca precisar de forçar o ritmo em demasia.
Ribery joga em média-rotação. Protesta com o colega, desistindo da jogada, se este não lhe endossa a bola como pretende. Mas defensivamente não desequilibra a equipa. E apesar de laivos de personalidade geniosa, entende o jogo como colectivo. Muito forte no passe, aparece nas imediações da área adversária em progressão, ou quase sem darmos por ele.
Curiosamente o seu percurso futebolístico nunca foi estável ou fortemente sustentado, até chegar ao Marselha. Depois, das grandes exibições no Velodrome ao colosso de Munique foi um passo. E hoje, vendo-o jogar, quase que parece deslizar na relva. Tal como o actual Lisandro, principalmente na Liga dos Campeões.
Contra o Sporting ajudou a mostrar a Paulo Bento, que mudar /adaptar a equipa em função do adversário nunca deixa de ser perigoso. E o Bayern (depois de Real Madrid e Barcelona) demonstra que o Sporting ainda precisa de crescer bastante, deixando de lado algum complexo de inferioridade, para se bater com os gigantes. Além de dois ou três jogadores com grande experiência internacional. Porque nesta fase, a Academia não chega.
Sobre a primeira mão dos oitavos de final da LC, salientar a grande exibição do Manchester em Milão, apesar de Mourinho ir certamente a Old Trafford criar muitos problemas. Continuando o duelo entre Ingleses e Italianos, Chelsea e Arsenal levaram de vencida Juventus e Roma por 1x0, embora me pareça que o Chelsea vá ter mais dificuldades para passar do que o Arsenal (principalmente se Wenger puder contar com Adebayor, Walcott e Fabregas na 2a mão).
Villarreal e Panathinaikos discutem na Grécia, qual dos dois será o intruso entre as 8 equipas mais fortes da Europa. Ainda que Benitez tenha conseguido uma grande vitória frente ao Real Madrid, a eliminatória não está ganha, e em Anfield o jogo será muitíssimo disputado. O resto foi este fantástico golo do melhor batedor de livres do mundo, e um Barcelona que em Camp Nou garantirá a passagem á próxima fase frente a um Lyon que, sendo uma boa equipa, não está ao nível de outras épocas.
Começo por Lisandro. Não tenho qualquer dúvida em afirmar que é para mim o melhor avançado do futebol português. Inteligente na procura dos espaços, facilidade espantosa em rematar com os dois pés. Bom jogo de cabeça, capacidade técnica e uma grande sede de bola, nunca dando um lance por perdido. Além disso, uma leitura de jogo acima da média.
Parte das suas qualidades viram-se no jogo contra o Atlético, para a Liga dos Campeões. Onde os grandes jogadores, que estão longe dos maiores palcos, ganham super-motivação. O primeiro golo é uma demonstração da capacidade de remate fácil com o pé esquerdo. No segundo, a sua leitura de jogo deixou Antonio Lopez a perguntar-se de onde tinha surgido. E Licha ajuda o Porto a empatar um jogo, onde fez mais do que o suficiente para vencer.
É certo que ao mais alto nível, tanto desperdício é perigoso. Mas o Atlético de Madrid é, indiscutivelmente, mais forte em casa. E no Porto, vai ter que procurar o resultado, dando espaço para os dragões jogarem da forma que mais gostam.
Voltando a Lisandro, de certa forma percebo o seu menor rendimento na Liga Portuguesa. Chegou a Portugal com muitos golos na bagagem. Nas duas primeiras épocas no Porto, foi encostado a uma linha. O ano passado, no centro, mostrou a sua melhor faceta. Neste, tem de dividir o seu habitat natural com o prodígio Hulk. Umas vezes no centro, outras na direita. Pretensas questões contratuais e um aproximar de fim de ciclo podem explicar o resto. De resto, Licha é isto. O típico (bom) jogador argentino. Sangue na guelra e muito futebol nos pés.
Hoje em Alvalade, nada ficou igual depois da passagem do scarface. Encostado a um flanco, onde cabem no futebol moderno os jogadores mais técnicos e capazes de decidir jogos, fez quase o que quis da equipa do Sporting. Quase sempre em movimentos interiores, percorreu sabiamente o espaço entre Abel e Tonel, ou entre Rochemback e os centrais. Sem nunca precisar de forçar o ritmo em demasia.
Ribery joga em média-rotação. Protesta com o colega, desistindo da jogada, se este não lhe endossa a bola como pretende. Mas defensivamente não desequilibra a equipa. E apesar de laivos de personalidade geniosa, entende o jogo como colectivo. Muito forte no passe, aparece nas imediações da área adversária em progressão, ou quase sem darmos por ele.
Curiosamente o seu percurso futebolístico nunca foi estável ou fortemente sustentado, até chegar ao Marselha. Depois, das grandes exibições no Velodrome ao colosso de Munique foi um passo. E hoje, vendo-o jogar, quase que parece deslizar na relva. Tal como o actual Lisandro, principalmente na Liga dos Campeões.
Contra o Sporting ajudou a mostrar a Paulo Bento, que mudar /adaptar a equipa em função do adversário nunca deixa de ser perigoso. E o Bayern (depois de Real Madrid e Barcelona) demonstra que o Sporting ainda precisa de crescer bastante, deixando de lado algum complexo de inferioridade, para se bater com os gigantes. Além de dois ou três jogadores com grande experiência internacional. Porque nesta fase, a Academia não chega.
Sobre a primeira mão dos oitavos de final da LC, salientar a grande exibição do Manchester em Milão, apesar de Mourinho ir certamente a Old Trafford criar muitos problemas. Continuando o duelo entre Ingleses e Italianos, Chelsea e Arsenal levaram de vencida Juventus e Roma por 1x0, embora me pareça que o Chelsea vá ter mais dificuldades para passar do que o Arsenal (principalmente se Wenger puder contar com Adebayor, Walcott e Fabregas na 2a mão).
Villarreal e Panathinaikos discutem na Grécia, qual dos dois será o intruso entre as 8 equipas mais fortes da Europa. Ainda que Benitez tenha conseguido uma grande vitória frente ao Real Madrid, a eliminatória não está ganha, e em Anfield o jogo será muitíssimo disputado. O resto foi este fantástico golo do melhor batedor de livres do mundo, e um Barcelona que em Camp Nou garantirá a passagem á próxima fase frente a um Lyon que, sendo uma boa equipa, não está ao nível de outras épocas.
2 comentários:
Lisandro é pela sua entrega e empenho um excelente jogador. Não está a marcar tantos golos mas tem a mesma influência no desempenho da equipa no jogo, não tem é a mesma influência no resultado.
marinheiroaguadoce a navegar
Marco,
percebo a sua visão. Ainda assim também direi que a sua influência no jogo da equipa é ligeiramente menor (obviamente que não tanto como no resultado).
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