Olha quem voltou

à(s) 01:58

quarta-feira, 12 de novembro de 2008
























O final de Outubro trouxe-nos uma espécie de dois regressos. Se em relação a David Beckham não se pode falar num regresso ao futebol, Maradona, volta a ter uma posição importante, logo como seleccionador de uma das potências futebolísticas mundiais - a Argentina.

Em minha opinião, o regresso do Spice Boy à Europa é um fenómeno importante. Não se poderá falar num exílio por vontade própria, mas a presença de Beckham no futebol norte-americano representa quase isso. Naturalmente que todos sabemos que foram principalmente questões extra-futebol levaram o inglês para os EUA. No entanto, o seu regresso ao futebol europeu é uma boa notícia. É óbvio que David e Vitória Beckham não vão para uma cidade qualquer (Milão é reconhecidamente uma das cidades mais glamurosas da Europa), mas a disponibilidade do médio para voltar ainda que durante alguns meses, revela que ainda respira futebol. E é sempre bom quando este tipo de jogadores, não se esquecem daquilo que lhes deu a fama e o estrelato.

Como considero Beckham um óptimo jogador, com uma leitura de jogo acima da média e uma precisão de passe (curto e longo) como não conheço igual, além das suas terríveis bolas paradas, considero que o Milan fez também um bom negócio. Extra-desportivamente falando não havia dúvidas disso, mas dentro do campo penso que a presença de Beckham na equipa pode ser positiva para o Milan. Além de tudo, enquanto Beckham estiver a jogar na Europa, o futebol vai ter muito mais potencialidade de se aproximar de áreas de interesse que não costuma, ajudando a trazer mais adeptos ao estádio (ou à televisão) e a fomentar o gosto pelo desporto-rei.


Em relação a Maradona a estória é diferente. Todos reconhecemos a Maradona as suas extraordinárias qualidades dentro do campo, e afirmo sem qualquer tipo de dúvida que para mim foi o melhor jogador de sempre (mesmo com o lóbbi brasileiro). No entanto, no banco de suplentes, à frente de uma equipa, "a música é outra". Com duas presenças mal sucedidas no banco de suplentes, vai para mais de dez anos, Maradona não terá o perfil necessário para este cargo. A Federação confiará que o seu carisma e passado serão suficientes para devolver o êxito à Argentina, mas naturalmente também está com um pé atrás, ou não tivesse convidado Carlos Billardo para director geral.

Esta chegada de Maradona a seleccionador nacional argentino, obedece também a um lóbbi que o próprio criou. O mesmo fenómeno que Maradona critica e bem, e que deu o reconhecimento a Pelé em muitos quadrantes como melhor do mundo, é agora o mesmo que o leva a seleccionador. O ex-craque argentino é inteligente, e sabendo que não reune as características principais para chegar ao cargo que agora ostenta, foi traçando um caminho de paciência, com declarações e aparições muito bem estudadas.

Se o passado mais que recomenda estas figuras, o presente desconfia delas. O futuro dirá de que lado está a razão, mas se em relação a Beckham ainda acredito que será um bom negócio para o Milan, em relação a Maradona tenho as minhas reservas. Se o astro conseguiu colocar de lado as polémicas, os problemas e os devaneios, então acredito que pelo que representa, una melhor do que ninguém a nação argentina e os seus jogadores. Caso contrário, nem aquecerá o cargo...

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