O que esperar desta Premier League

à(s) 03:30

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Vai já na 6a jornada aquele que é por muitos considerado o melhor e mais competitivo campeonato europeu. A Premier League, histórica competição da pátria do futebol, perdeu o melhor jogador do Mundo, mas ainda assim continua a brindar os adeptos com grandes espectáculos, golos, estádios cheios.

Na liderança da competição segue já a equipa que considero a principal favorita à conquista do ceptro de campeão. O Chelsea modificado para o 4x4x2 losango, por Ancelotti, é uma máquina de jogar futebol. Com um plantel muito completo (apenas ligeiramente curto no ataque, onde Anelka e Drogba não têm um substituto à altura), a equipa tem os processos de jogo bastante bem assimilados e joga sempre numa intensidade muito elevada. O talento individual dos seus executantes faz o resto, e também por isso os blues são 'o candidato'.
O Manchester United é provavelmente principal adversário do Chelsea, embora não me pareça que este vá ser um campeonato tão competitivo como o último, no que diz respeito à luta pelo título. Os 'red devils', estão consideravelmente menos fortes com as saídas de Ronaldo e Tevez, e mesmo que Ferguson afirme que tal facto servirá para deixar o colectivo mais forte, sabemos que não é verdade. O colectivo era mais forte também com jogadores como Cristiano e Tevez, e ao MU resta esperar por explosões a altíssimo nível e pouco prováveis de Obertan, Valencia ou Nani, e pelo crescimento exponencial daquilo que Berbatov conseguiu fazer na época passada, por forma a poder dar a adição de qualidade ao trabalho de Evra, Vidic, Ferdinand e Rooney. Este assemelha-se como um daqueles anos transicionais que Ferguson reserva, na antecâmara de uma nova grande equipa.

Ligeiramente mais abaixo, o Liverpool surge com a mesma cara da época passada. Perdeu Arbeloa e Xabi Alonso, recrutou Glenn Johnson e Aquilani, e se claramente fica a ganhar na lateral direita, no meio campo, mesmo reconhecendo a elevada qualidade do italiano, fica a perder com a troca. Na frente, Benitez continua a esperar pelo crescimento de Nemeth e NGog, para fazer companhia a Torres, ao mesmo tempo que recuperou Voronin. Manifestamente pouco para ser um candidato sólido até final.
Mantendo o diapasão sobre o Big Four, o Arsenal terá que ter cuidado, para não perder o comboio da Champions para o City. As perdas de Touré e Adebayor para os blues de Manchester são um duro golpe, e não se espera que o Arsenal faça muito melhor do que na época passada. Mesmo com o crescimento de Walcott, o reaparecimento de Rosicky, e a completa adaptação de Arshavin, continua a faltar aos gunners um pouco mais de experiência e classe para mais altos voos. Apesar de tudo, política longe de ser censurável, antes pelo contrário.
Ameaçador q.b., surge o renovado City, com uma equipa e um plantel muito fortes, e já com sinais dados de que lutará até ao fim, por um lugar nos primeiros classificados. Adebayor, Robinho, Tevez e Ireland, entre outros, não mereceriam outro destino.

Um patamar mais abaixo, e como equipas capazes de surpreender, mas sem a capacidade de lutar com os maiores até ao fim, surgem os fortes Everton, Tottenham e Aston Villa. Tendo em conta a valia dos seus planteis e dos seus treinadores, certamente que ocuparão no final um lugar europeu, na primeira metade da tabela.

Pelas vagas restantes nos 10 primeiros lutarão Stoke City (promovido na época passada mas fortíssimo a jogar em casa e com um plantel muito equilibrado), Fulham (à imagem da época passada onde de forma algo surpreendente conseguiu a qualificação para a Europa), West Ham
(bem orientado por Zola e com uma 'prenda' de José Mourinho - Luis Jimenez, para apoiar o perigosíssimo Carlton Cole) e Sunderland (equipa cirurgicamente bem reforçada com as chegadas de Turner, Cattermole e Bent).

Na luta pela manutenção, se Bolton e Blackburn pelas suas valias individuais poderão estar mais livres de grandes sobressaltos, entre Wolves (do muito prometedor Sylvan Ebanks Blake), Hull City, Burnley, Birmingham, Wigan e Portsmouth (provavelmente a equipa mais fraca do campeonato, como também é atestado pelos seus actuais zero pontos) deverão estar os despromovidos quando a época terminar.

Sem Ronaldo, mas com Gerrard, Torres, Lampard, Drogba, Fabregas, Rooney, Adebayor, Robinho, Defoe, e muitos mais. Além do fantástico ambiente, da atmosfera vibrante, do ritmo de jogo, da lealdade entre agentes do jogo. Assim vai a Velha Albion. O espectáculo continua.

1 comentários:

José Ribeiro disse...

Gostava que participassem na discussão à arbitragem portuguesa:

http://tm-toquemagico.blogspot.com/2009/09/corrupcao-ou-simplesmente-falta-de.html

Cumps ;)