Rezam as crónicas que Sir Alex Ferguson deu grandes gargalhadas de satisfação quando a sorte quis que o FCP fosse o adversário da sua equipa. Perante o quadro de oponentes, não censuro a preferência dos tubarões por Porto ou Villarreal. Mas uma coisa é preferir, outra é desvalorizar.
Foi isso que me pareceu ter acontecido. O Man Utd apresentou-se inicialmente no seu 4x5x1 habitual quando atinge fases mais avançadas na Europa (embora o faça preferencialmente fora de casa), mas ao contrário do que seria de esperar, apareceu Park no lugar de Giggs. O sul coreano é excelente quando a equipa actua em 4x4x2 com dois avançados e um ala muito ofensivo (normalmente Ronaldo) porque equilibra o conjunto. É diferente quando num 4x5x1, ele, Ronaldo e Rooney seriam as lanças apontadas à baliza adversária.
Ferguson pensou que seria suficiente, enganou-se redondamente. O Man Utd raramente foi perigoso, raramente foi dominador, raramente foi intenso. Houve uma tentativa de reequilibrar a equipa em 4x4x2, mas nas alas apareciam Fletcher e Park. Até por volta dos 60 minutos quando Giggs entrou em campo, secundado, minutos mais tarde, por Tevez. Aí viu-se parte do melhor Man Utd, que ficou guardado na gaveta até muito tarde.
Que importa? Agradeceu o Porto. Antes do jogo referi que era a melhor equipa do Mundo frente à melhor equipa de Portugal. Que os portugueses teriam que ter muita sorte para levar a eliminatória à discussão no Dragão. A verdade é que me enganei, e o que se viu em Old Trafford foi um Porto dominador, personalizado, e bom de bola, que assustou os ingleses e os remeteu a um jogo do qual nunca verdadeiramente conseguiram sair.
A equipa apresentou-se no seu 4x1x3x2 europeu, com Rodriguez numa exibição fantástica e coroada com um golo, a abrir inúmeras vezes na esquerda, jogando em cima de O'Shea o elo mais fraco do adversário. Desdobrando-a no 4x3x3 importante para manter a defesa do United em sentido. Partindo sempre dos 4 médios, com uma linha de 3 - Lucho mais sobre a direita, Meireles no centro e Rodriguez. Atrás desta linha e à frente da defesa, o melhor em campo: Fernando. Grande exibição do jovem brasileiro, a provar o seu enorme crescimento (grande mérito de Jesualdo Ferreira). Bom na cobertura, importante nas dobras, fortíssimo na leitura de jogo. De resto, numa exibição que primou pela qualidade dos movimentos colectivos (e só assim se pode ter sucesso a este nível), Cissokho, o já referido Rodriguez e Lisandro também realizaram exibições de grande destaque.
O 2x1 não era de todo um mau resultado, mas o 2x2, além da óbvia vantagem numérica, é um resultado fantástico. Porque permite ao Porto jogar no Dragão da forma que mais gosta. Dando a iniciativa de jogo ao adversário (que necessita de marcar), para depois atacar preferencialmente em transições ofensivas rápidas, lançando Hulk e Rodriguez sobre os defesas adversários.
Contudo, a eliminatória está longe de estar resolvida. Principalmente se Rio Ferdinand (essencialmente este) e Berbatov puderem dar o seu contributo à equipa do MU, dotando-a de mais classe e equilíbrio. Além de que este jogo deve ter feito soar o sinal de alerta nos ingleses, que se apresentarão em Portugal uns furos acima daquilo que fizeram hoje. Ainda assim, a vantagem está do lado dos portistas e as meias-finais da Champions estão agora muito mais perto. À distância de 90 minutos.
Foi isso que me pareceu ter acontecido. O Man Utd apresentou-se inicialmente no seu 4x5x1 habitual quando atinge fases mais avançadas na Europa (embora o faça preferencialmente fora de casa), mas ao contrário do que seria de esperar, apareceu Park no lugar de Giggs. O sul coreano é excelente quando a equipa actua em 4x4x2 com dois avançados e um ala muito ofensivo (normalmente Ronaldo) porque equilibra o conjunto. É diferente quando num 4x5x1, ele, Ronaldo e Rooney seriam as lanças apontadas à baliza adversária.
Ferguson pensou que seria suficiente, enganou-se redondamente. O Man Utd raramente foi perigoso, raramente foi dominador, raramente foi intenso. Houve uma tentativa de reequilibrar a equipa em 4x4x2, mas nas alas apareciam Fletcher e Park. Até por volta dos 60 minutos quando Giggs entrou em campo, secundado, minutos mais tarde, por Tevez. Aí viu-se parte do melhor Man Utd, que ficou guardado na gaveta até muito tarde.
Que importa? Agradeceu o Porto. Antes do jogo referi que era a melhor equipa do Mundo frente à melhor equipa de Portugal. Que os portugueses teriam que ter muita sorte para levar a eliminatória à discussão no Dragão. A verdade é que me enganei, e o que se viu em Old Trafford foi um Porto dominador, personalizado, e bom de bola, que assustou os ingleses e os remeteu a um jogo do qual nunca verdadeiramente conseguiram sair.
A equipa apresentou-se no seu 4x1x3x2 europeu, com Rodriguez numa exibição fantástica e coroada com um golo, a abrir inúmeras vezes na esquerda, jogando em cima de O'Shea o elo mais fraco do adversário. Desdobrando-a no 4x3x3 importante para manter a defesa do United em sentido. Partindo sempre dos 4 médios, com uma linha de 3 - Lucho mais sobre a direita, Meireles no centro e Rodriguez. Atrás desta linha e à frente da defesa, o melhor em campo: Fernando. Grande exibição do jovem brasileiro, a provar o seu enorme crescimento (grande mérito de Jesualdo Ferreira). Bom na cobertura, importante nas dobras, fortíssimo na leitura de jogo. De resto, numa exibição que primou pela qualidade dos movimentos colectivos (e só assim se pode ter sucesso a este nível), Cissokho, o já referido Rodriguez e Lisandro também realizaram exibições de grande destaque.
O 2x1 não era de todo um mau resultado, mas o 2x2, além da óbvia vantagem numérica, é um resultado fantástico. Porque permite ao Porto jogar no Dragão da forma que mais gosta. Dando a iniciativa de jogo ao adversário (que necessita de marcar), para depois atacar preferencialmente em transições ofensivas rápidas, lançando Hulk e Rodriguez sobre os defesas adversários.
Contudo, a eliminatória está longe de estar resolvida. Principalmente se Rio Ferdinand (essencialmente este) e Berbatov puderem dar o seu contributo à equipa do MU, dotando-a de mais classe e equilíbrio. Além de que este jogo deve ter feito soar o sinal de alerta nos ingleses, que se apresentarão em Portugal uns furos acima daquilo que fizeram hoje. Ainda assim, a vantagem está do lado dos portistas e as meias-finais da Champions estão agora muito mais perto. À distância de 90 minutos.
2 comentários:
Devo dizer que foi dos piores jogos que vi do Manchester United.
Claramente entraram em campo numa atitude de "mais cedo ou mais tarde ganhamos", mas parece que correu mal.
Porto segue em vantagem mas a eliminatória está longe de estar decidida.
Axadrezado,
não posso deixar de concordar com tudo o que escreveu, mas na fraca prestação do Manchester há muita culpa própria, mas também muito Porto.
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