No mágico Anfield Road, estiveram hoje duas equipas que contabilizam 14 (!!) Ligas dos Campeões. 5 para o Liverpool, 9 para o Real Madrid. Fosse o peso dos números e este confronto dar-se-ia apenas na final. Sendo nos oitavos de final, seria o Real Madrid o apurado.
Assim não foi. De facto, olhando para as últimas épocas, elevamos (ainda mais) o Liverpool ao estatuto de superpotência europeia e colocamos o Real Madrid num plano inferior, mais de consumo interno. Ou não tivessem os reds, desde 2003/2004 (ano do título do Porto), uma Liga dos Campeões, uma meia final e uma final. Por sua vez, o Real não ultrapassa os oitavos de final da prova, precisamente desde 2003/2004.
Depois da vitória por 1x0 conquistada no Bernabéu, o favoritismo certamente que era do Liverpool. Mas, conhecendo o valor da equipa de Juande Ramos, e a recuperação que tem encetado no campeonato espanhol, nas últimas jornadas, pensar-se-ia que se discutiria intensamente cada minuto da eliminatória. Nada mais errado. Empurrado pelos seus adeptos, tivemos um Liverpool demolidor desde o primeiro minuto, em cada metro quadrado de relva.
Assente no seu 4x2x3x1 europeu, com os intensíssimos Alonso e Mascherano a dominar o meio campo, e Gerrard, Kuyt e Babel atrás de Torres, os reds foram fantásticos. Alta rotação, trocas posicionais, intensidade, técnica, garra, tudo misturado com disciplina táctica. E a sociedade Gerrard e Torres a funcionar na perfeição. Quando Casillas não conseguiu salvar mais a sua equipa com defesas impossíveis, os golos chegaram. Primeiro Torres, depois Gerrard à meia hora, num penalty. Que sendo fantasma, colocou o marcador num 2x0 mais que justo. E a eliminatória nuns definitivos 3x0. O resto do jogo foi a gestão natural, e o aproveitar da superioridade táctica e psicológica.
O Real Madrid nunca conseguiu fazer o seu jogo. Além de o adversário nunca lhe ter permitido pensar o jogo, viveu numa anarquia táctica preocupante, especialmente à frente de Lassana e Gago. Robben, que seria à partida o principal desequilibrador, nunca se encontrou, Sneijder e Higuain idem, e Raul foi sempre um homem demasiado só.
Depois deste jogo algumas certezas. Mesmo que individualmente o Real em nada fique a dever ao Liverpool, os ingleses são muito mais fortes no seu conjunto. E sem dúvidas que nos quartos de final são um dos adversários que qualquer equipa quererá evitar. Ou não tivessem aquele que até hoje tem sido o melhor jogador da Liga dos Campeões: Steven Gerrard. 7 golos (é um médio) e futebol que nunca mais acaba.
Em Munique já aqui o disse, esperava um jogo de baixa rotação. Fiquei absolutamente surpreendido pela vontade, motivação e ambição do Bayern, que mesmo tendo a eliminatória completamente decidida a seu favor desde Alvalade, nunca desistiu de procurar um golo mais. Mentalidade alemã, de louvar.
No Sporting deve fazer-se uma reflexão. Em 5 jogos contra Bayern, Barcelona e Real Madrid (particular), a equipa de Alvalade marcou 6 golos e sofreu 25. No campeonato é a defesa menos batida. Isto deve dizer alguma coisa.
Além da qualidade táctica e individual, que está longe de reflectir a diferença de 11 golos, falta à equipa estofo, mentalidade e capacidade de motivação. Este complexo de inferioridade é muito da responsabilidade do treinador. Mas não só.
Contudo, ao contrário do que ainda se diz a quente, a demissão de Paulo Bento, não é de todo a melhor solução nesta altura. Ou não estivesse o Sporting com uma final para disputar e na luta pelo título de campeão.
A partir deste grande golpe, resta aos sportinguistas esperar que haja uma estrutura capaz de proteger o balneário, um treinador capaz de motivar e focar os pupilos, e uns jogadores merecedores de vestir a camisola do Sporting.
Assim não foi. De facto, olhando para as últimas épocas, elevamos (ainda mais) o Liverpool ao estatuto de superpotência europeia e colocamos o Real Madrid num plano inferior, mais de consumo interno. Ou não tivessem os reds, desde 2003/2004 (ano do título do Porto), uma Liga dos Campeões, uma meia final e uma final. Por sua vez, o Real não ultrapassa os oitavos de final da prova, precisamente desde 2003/2004.
Depois da vitória por 1x0 conquistada no Bernabéu, o favoritismo certamente que era do Liverpool. Mas, conhecendo o valor da equipa de Juande Ramos, e a recuperação que tem encetado no campeonato espanhol, nas últimas jornadas, pensar-se-ia que se discutiria intensamente cada minuto da eliminatória. Nada mais errado. Empurrado pelos seus adeptos, tivemos um Liverpool demolidor desde o primeiro minuto, em cada metro quadrado de relva.
Assente no seu 4x2x3x1 europeu, com os intensíssimos Alonso e Mascherano a dominar o meio campo, e Gerrard, Kuyt e Babel atrás de Torres, os reds foram fantásticos. Alta rotação, trocas posicionais, intensidade, técnica, garra, tudo misturado com disciplina táctica. E a sociedade Gerrard e Torres a funcionar na perfeição. Quando Casillas não conseguiu salvar mais a sua equipa com defesas impossíveis, os golos chegaram. Primeiro Torres, depois Gerrard à meia hora, num penalty. Que sendo fantasma, colocou o marcador num 2x0 mais que justo. E a eliminatória nuns definitivos 3x0. O resto do jogo foi a gestão natural, e o aproveitar da superioridade táctica e psicológica.
O Real Madrid nunca conseguiu fazer o seu jogo. Além de o adversário nunca lhe ter permitido pensar o jogo, viveu numa anarquia táctica preocupante, especialmente à frente de Lassana e Gago. Robben, que seria à partida o principal desequilibrador, nunca se encontrou, Sneijder e Higuain idem, e Raul foi sempre um homem demasiado só.
Depois deste jogo algumas certezas. Mesmo que individualmente o Real em nada fique a dever ao Liverpool, os ingleses são muito mais fortes no seu conjunto. E sem dúvidas que nos quartos de final são um dos adversários que qualquer equipa quererá evitar. Ou não tivessem aquele que até hoje tem sido o melhor jogador da Liga dos Campeões: Steven Gerrard. 7 golos (é um médio) e futebol que nunca mais acaba.
Em Munique já aqui o disse, esperava um jogo de baixa rotação. Fiquei absolutamente surpreendido pela vontade, motivação e ambição do Bayern, que mesmo tendo a eliminatória completamente decidida a seu favor desde Alvalade, nunca desistiu de procurar um golo mais. Mentalidade alemã, de louvar.
No Sporting deve fazer-se uma reflexão. Em 5 jogos contra Bayern, Barcelona e Real Madrid (particular), a equipa de Alvalade marcou 6 golos e sofreu 25. No campeonato é a defesa menos batida. Isto deve dizer alguma coisa.
Além da qualidade táctica e individual, que está longe de reflectir a diferença de 11 golos, falta à equipa estofo, mentalidade e capacidade de motivação. Este complexo de inferioridade é muito da responsabilidade do treinador. Mas não só.
Contudo, ao contrário do que ainda se diz a quente, a demissão de Paulo Bento, não é de todo a melhor solução nesta altura. Ou não estivesse o Sporting com uma final para disputar e na luta pelo título de campeão.
A partir deste grande golpe, resta aos sportinguistas esperar que haja uma estrutura capaz de proteger o balneário, um treinador capaz de motivar e focar os pupilos, e uns jogadores merecedores de vestir a camisola do Sporting.
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