Esta 3aF à noite, mais um grande jogo de futebol em Londres. Mas ao contrário do que a história daquela cidade nos diz, nenhum dos intervenientes era britânico. O que não impediu a magia deste confronto. Entre duas grandes e históricas selecções.
No banco, duas gerações de treinadores. De um lado o mais que consagrado, o sereno, o sábio Marcelo Lippi. A procurar recuperar a sua Itália campeã do Mundo, que perdeu parte da sua aura com Donadoni. Do outro, um brasileiro vindo do Rio Grande do Sul. Com um passado interessante como jogador, no banco é ainda mais famoso pelas suas camisas (que uns apelidam de 'bregas' e outros de extravagantes) do que pelas suas tácticas. Apesar de tudo isso começa a mudar.
Muita por culpa dos dois últimos jogos, que mesmo particulares, foram frente a duas selecções fortíssimas, como são Portugal e Itália.
Nestas duas partidas, de forma quase inédita no reinado de Dunga (chegou em 2006), o Brasil conseguiu conjugar magia e táctica, samba e rigor. Nessa evolução destaco um jogador: Elano. Algo esquecido por Mark Hughes no Manchester City, este ainda jovem brasileiro personifica aquilo que falei. Não é o típico 'brinca na areia brasileiro', mas tem muita técnica. E tacticamente é quase perfeito.
Neste Brasil, joga mais encostado ao lado direito numa linha de três médios. Mais no centro, aproximando-se muitas das vezes dos centrais, o 'dinossauro' Gilberto Silva. Muito criticado no em terras de Vera Cruz, é certo que já não tem o mesmo nível de por exemplo, 2002. Os críticos pedem Hernanes (grande jogador), Ramires ou Lucas Leiva, mas sendo verdade que são boas opções, nenhum possui a cultura defensiva de Gilberto. No centro - esquerda, se Anderson é um valor indiscutível e realizou uma grande exibição contra Portugal, contra a Itália, apareceu o jovem Felipe Melo (Fiorentina) no que foi uma exibição calma, personalizada, como se fosse mais um de muitos jogos pela Selecção. Era o primeiro e pelo que demonstrou concerteza fará mais.
Esta linha de três médios é fundamental nos canarinhos. Primeiro porque equilibra mais a equipa e adapta-a mais ao 'futebol real', actual, sabendo pressionar sempre muito bem. Depois, porque tendo laterais fantásticos ofensivamente como são Daniel Alves, Maicon ou Marcelo, garante uma maior atenção a possíveis transições adversárias. E ainda, na ligação com o ataque, porque o próprio Elano é importantíssimo, quando abre na direita (em caso de não subida do lateral), atacando o Brasil numa espécie de 4x2x4 com Elano, Ronaldinho à esquerda (contra Portugal era Robinho), Robinho e Adriano no centro (contra Portugal foram Kaká e Fabiano).
Este é o Brasil actual, e a última sequência de nomes dá conta do poderio ofensivo que dispõe. Nomes aos quais se juntam Pato, Diego, Júlio Batista ou Amauri (às portas da convocatória). Na defesa, Júlio César cada vez se assume mais como um dos melhores guarda-redes brasileiros dos últimos tempos. E à sua frente, Thiago Silva é cada vez mais um forte candidato a destronar Juan, na parceria com Lúcio.
Depois de Portugal, foi a vez de a Itália ser submetida à força desta selecção. Apesar de a squadra azzura nunca ter sido um adversário tão frágil quanto a equipa das quinas foi em Brasília, mesmo que a selecção italiana (fiel à sua matriz) tenha também disposto de oportunidades de golo, o 2x0 final esteve sempre mais perto de um 3x0 do que um 2x1.
Agora, volta a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo. Onde o Brasil segue, no segundo lugar, já a uns distantes 6 pontos do surpreendente Paraguai, e com um de vantagem sobre Chile e Argentina. O Uruguai quinto classificado (a equipa que terminar nesta posição disputará um play-off de acesso à África do Sul) segue já a 4 pontos.
Contudo, mesmo que a situação fosse pior que a actual, e pelo que se tem visto, não teria dúvidas que o Brasil qualificaria facilmente. Como não tenho que é desta Selecção que o Mundo precisa. Ou não fosse a pátria de Rivelino, Pelé, Garrincha, Zico, Leonardo, Romário, Ronaldo ou Ronaldinho.
No banco, duas gerações de treinadores. De um lado o mais que consagrado, o sereno, o sábio Marcelo Lippi. A procurar recuperar a sua Itália campeã do Mundo, que perdeu parte da sua aura com Donadoni. Do outro, um brasileiro vindo do Rio Grande do Sul. Com um passado interessante como jogador, no banco é ainda mais famoso pelas suas camisas (que uns apelidam de 'bregas' e outros de extravagantes) do que pelas suas tácticas. Apesar de tudo isso começa a mudar.
Muita por culpa dos dois últimos jogos, que mesmo particulares, foram frente a duas selecções fortíssimas, como são Portugal e Itália.
Nestas duas partidas, de forma quase inédita no reinado de Dunga (chegou em 2006), o Brasil conseguiu conjugar magia e táctica, samba e rigor. Nessa evolução destaco um jogador: Elano. Algo esquecido por Mark Hughes no Manchester City, este ainda jovem brasileiro personifica aquilo que falei. Não é o típico 'brinca na areia brasileiro', mas tem muita técnica. E tacticamente é quase perfeito.
Neste Brasil, joga mais encostado ao lado direito numa linha de três médios. Mais no centro, aproximando-se muitas das vezes dos centrais, o 'dinossauro' Gilberto Silva. Muito criticado no em terras de Vera Cruz, é certo que já não tem o mesmo nível de por exemplo, 2002. Os críticos pedem Hernanes (grande jogador), Ramires ou Lucas Leiva, mas sendo verdade que são boas opções, nenhum possui a cultura defensiva de Gilberto. No centro - esquerda, se Anderson é um valor indiscutível e realizou uma grande exibição contra Portugal, contra a Itália, apareceu o jovem Felipe Melo (Fiorentina) no que foi uma exibição calma, personalizada, como se fosse mais um de muitos jogos pela Selecção. Era o primeiro e pelo que demonstrou concerteza fará mais.
Esta linha de três médios é fundamental nos canarinhos. Primeiro porque equilibra mais a equipa e adapta-a mais ao 'futebol real', actual, sabendo pressionar sempre muito bem. Depois, porque tendo laterais fantásticos ofensivamente como são Daniel Alves, Maicon ou Marcelo, garante uma maior atenção a possíveis transições adversárias. E ainda, na ligação com o ataque, porque o próprio Elano é importantíssimo, quando abre na direita (em caso de não subida do lateral), atacando o Brasil numa espécie de 4x2x4 com Elano, Ronaldinho à esquerda (contra Portugal era Robinho), Robinho e Adriano no centro (contra Portugal foram Kaká e Fabiano).
Este é o Brasil actual, e a última sequência de nomes dá conta do poderio ofensivo que dispõe. Nomes aos quais se juntam Pato, Diego, Júlio Batista ou Amauri (às portas da convocatória). Na defesa, Júlio César cada vez se assume mais como um dos melhores guarda-redes brasileiros dos últimos tempos. E à sua frente, Thiago Silva é cada vez mais um forte candidato a destronar Juan, na parceria com Lúcio.
Depois de Portugal, foi a vez de a Itália ser submetida à força desta selecção. Apesar de a squadra azzura nunca ter sido um adversário tão frágil quanto a equipa das quinas foi em Brasília, mesmo que a selecção italiana (fiel à sua matriz) tenha também disposto de oportunidades de golo, o 2x0 final esteve sempre mais perto de um 3x0 do que um 2x1.
Agora, volta a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo. Onde o Brasil segue, no segundo lugar, já a uns distantes 6 pontos do surpreendente Paraguai, e com um de vantagem sobre Chile e Argentina. O Uruguai quinto classificado (a equipa que terminar nesta posição disputará um play-off de acesso à África do Sul) segue já a 4 pontos.
Contudo, mesmo que a situação fosse pior que a actual, e pelo que se tem visto, não teria dúvidas que o Brasil qualificaria facilmente. Como não tenho que é desta Selecção que o Mundo precisa. Ou não fosse a pátria de Rivelino, Pelé, Garrincha, Zico, Leonardo, Romário, Ronaldo ou Ronaldinho.
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