Gira este texto à volta da Taça da Liga. E de uma quantidade de coisas que me custa a entender. A começar pela decisão do CJ, de rejeitar o recurso do Belenenses, avançando o Vitória de Guimarães para as meias-finais da prova.
Mais do que pela decisão (até porque ao que parece o departamento jurídico do Belenenses andou um pouco lado da questão), mas pelas declarações de um dos conselheiros, ao referir que mesmo 'que o recurso do Belenenses tivesse sido admitido, o CJ teria seguido o entendimento da Liga sobre esta matéria'. Ou seja, os conselheiros serviram-se do rigor, desvalorizando o processo de intenções, para rejeitar o recurso do clube do Restelo. Mas essa mesma premissa foi completamente invertida, quando afirmaram estarem de acordo com a posição da Liga que defende a sua posição, dizendo que a sua 'intenção' foi apurar o clube com melhor diferença de golos. Ora, todos sabemos, incluindo os senhores do CJ, que goal-average significa, significou e significará 'média de golos'. Uma incoerência grave, depois do erro grave cometida pela direcção da Liga, aquando da ratificação do regulamento da prova.
Importa também questionar, e esta é uma situação recorrente, se ao CJ não é possível reunir-se e decidir com mais celeridade. Por razões óbvias.
Mas, como já aqui referi, terá de haver sempre alguma compreensão para com a Liga, alguma margem de tolerância com esta prova. Porque é uma prova importante no panorama competitivo nacional. Além de proporcionar mais receita aos clubes (e não só aos grandes como muitos querem fazer crer), tapa um buraco competitivo criado após a redução da primeira e segunda liga para 16 clubes. Também por isso, é difícil para mim compreender o distanciamento do F.C.Porto, um dos maiores clubes nacionais, para com esta prova. Não ajudando portanto, à sua afirmação, e até mesmo, à sua evolução. Porque ninguém duvide que a prova vai evoluir, assim como evoluiu (e muito) do ano passado para este ano.
É certo que Jesualdo Ferreira teve razão quando afirmou, após o jogo com a Académica, ser incompreensível ter de esperar um dia para saber se seria apurado para a próxima fase. É certo que o Porto participou no jogo mais surreal da prova, na Madeira contra o Nacional, em condições absolutamente impraticáveis (embora não duvide que o adiamento do jogo não servisse a nenhuma das partes envolvidas). É certo que Jesualdo Ferreira é livre para fazer a gestão do plantel da forma que melhor entender. Mas, depois do jogo com a Académica (onde estava em jogo a passagem à próxima fase), em que utilizou grande parte dos habituais titulares, a convocatória para o jogo de Alvalde não é fácil de entender. Ainda por cima no Porto, um clube mais do que habituado a ter dois jogos por semana, sem decréscimo na qualidade das suas prestações. É certo que o Porto pode ganhar em Alvalade. Mas com estes jogadores fica mais difícil. Mau para o Porto e mau para a Taça da Liga.
E pior para o futebol, os adeptos, que depois do grande confronto entre Sporting e Porto para a Taça de Portugal, ansiavam por assistir a algo semelhante.
Mais do que pela decisão (até porque ao que parece o departamento jurídico do Belenenses andou um pouco lado da questão), mas pelas declarações de um dos conselheiros, ao referir que mesmo 'que o recurso do Belenenses tivesse sido admitido, o CJ teria seguido o entendimento da Liga sobre esta matéria'. Ou seja, os conselheiros serviram-se do rigor, desvalorizando o processo de intenções, para rejeitar o recurso do clube do Restelo. Mas essa mesma premissa foi completamente invertida, quando afirmaram estarem de acordo com a posição da Liga que defende a sua posição, dizendo que a sua 'intenção' foi apurar o clube com melhor diferença de golos. Ora, todos sabemos, incluindo os senhores do CJ, que goal-average significa, significou e significará 'média de golos'. Uma incoerência grave, depois do erro grave cometida pela direcção da Liga, aquando da ratificação do regulamento da prova.
Importa também questionar, e esta é uma situação recorrente, se ao CJ não é possível reunir-se e decidir com mais celeridade. Por razões óbvias.
Mas, como já aqui referi, terá de haver sempre alguma compreensão para com a Liga, alguma margem de tolerância com esta prova. Porque é uma prova importante no panorama competitivo nacional. Além de proporcionar mais receita aos clubes (e não só aos grandes como muitos querem fazer crer), tapa um buraco competitivo criado após a redução da primeira e segunda liga para 16 clubes. Também por isso, é difícil para mim compreender o distanciamento do F.C.Porto, um dos maiores clubes nacionais, para com esta prova. Não ajudando portanto, à sua afirmação, e até mesmo, à sua evolução. Porque ninguém duvide que a prova vai evoluir, assim como evoluiu (e muito) do ano passado para este ano.
É certo que Jesualdo Ferreira teve razão quando afirmou, após o jogo com a Académica, ser incompreensível ter de esperar um dia para saber se seria apurado para a próxima fase. É certo que o Porto participou no jogo mais surreal da prova, na Madeira contra o Nacional, em condições absolutamente impraticáveis (embora não duvide que o adiamento do jogo não servisse a nenhuma das partes envolvidas). É certo que Jesualdo Ferreira é livre para fazer a gestão do plantel da forma que melhor entender. Mas, depois do jogo com a Académica (onde estava em jogo a passagem à próxima fase), em que utilizou grande parte dos habituais titulares, a convocatória para o jogo de Alvalde não é fácil de entender. Ainda por cima no Porto, um clube mais do que habituado a ter dois jogos por semana, sem decréscimo na qualidade das suas prestações. É certo que o Porto pode ganhar em Alvalade. Mas com estes jogadores fica mais difícil. Mau para o Porto e mau para a Taça da Liga.
E pior para o futebol, os adeptos, que depois do grande confronto entre Sporting e Porto para a Taça de Portugal, ansiavam por assistir a algo semelhante.
2 comentários:
Meu caro, se eu lhe perguntar qual é o clube mais bem estruturado e organizado do futebol português, o que responde? Se é um observador atento, mesmo que não goste do F.C.Porto, reconhecerá que é o clube presidido por Pinto da Costa.
Ora um clube assim, não pode pactuar com uma organização muito abaixo do mínimos exigíveis, Mas também e não podemos fugir à verdade, a Liga e mais concretamente a sua C.Disciplinar, com aquela arrogância e o tratamento vergonhoso e persecutório contra o F.C.Porto e o seu líder, não pode esperar, nem nós portistas o admitiamos, ser tratada de outra forma.
Pedimos desculpa, mas não damos a outra face.
Um abraço
Caro dragao vila pouca,
obviamente que o Porto é o clube mais bem organizado do futebol nacional.
Digo-lhe o mesmo, se é um observador atento, concerteza saberá que esta competição e o seu sucesso é importante para todos os clubes da liga principal e da liga de honra.
E que o Porto, com a postura que tem assumido em relação a esta competição, não a beneficia em nada. Competição que aprovou em Assembleia geral da Liga.
Já que falou em gostar do Porto, e até mesmo de futebol, quem gosta de um destes, ou de ambos, ia preferir ver a melhor equipa do Porto amanhã no relvado de Alvalade.
Não me parece justo, para com o futebol português, o Porto resolver os seus problemas com a Liga, à custa desta competição.
abraço
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