Em frente Braga

à(s) 22:54

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

No dia em que se fala da potencial transferência de Orlando Sá para o Chelsea (não vás miúdo, o caminho mais fácil e apelativo nem sempre é o mais produtivo!), o Braga conseguiu o apuramento para a próxima fase da Taça UEFA, inserido num dos grupos mais difíceis.

Foi vencer fora, ao terreno do Herenveen, equipa que eliminou o Vitória de Setúbal. Numa exibição bastante convincente, com um grande Eduardo entre os postes, dois laterais muito capazes e dois avançados que explicam dentro do campo porque é que Linz não tem sido opção. No banco, Jesus continua a ditar as leis, e a colocar o Braga no mapa do futebol europeu.
Há duas épocas, caíram numa eliminatória muito disputada, aos pés dos ingleses do Tottenham, na época passada o Bremen de Diego e Hugo Almeida eliminou os minhotos após estes falharem dois penalties na Alemanha, nesta, veremos daquilo que os arsenalistas serão capazes.

Quanto ao Benfica, é preciso um milagre. E dos grandes. Ou dos impossíveis.

3 comentários:

Pascoal Sousa disse...

Caro José Lemos, acho que Orlando Sá faz bem em ir para o Chelsea: primeiro, porque a ideia não é jogar já na equipa principal, mas sim uma mudança para o futebol inglês numa perspectiva de futuro e, neste âmbito, o mais certo é jogar nas reservas ou ser cedido a um clube da II Liga Inglesa. Por outro lado... ninguém diz não a um salto deste tamanho, por muito incoerente que a aventura possa parecer.

Abraço

José Lemos disse...

Pascoal, eu não discuto o cariz da oferta, que provavelmente a leva a ser irrecusável..Principalmente para um jovem como Orlando.

Mas, Orlando tinha muito mais hipóteses de crescimento sustentado no Braga,onde Jesus já afirmou que iria ter oportunidades.

Indo para o Chelsea, vai para um clube novo rico, que não tem por hábito apostar na formação (veja-se que mesmo tendo um excelente central sub-21 - Mancienne - que recentemente foi convocado para a selecção A, preferiu investir no sérvio Ivanovic (também um excelente jogador).

Com este exemplo, pretendo apenas mostrar que o Chelsea habitualmente só da hipóteses no plantel a quem vem com créditos firmados e custos associados. Orlando Sá corre o risco de ser outro Fábio Paim, Ben Sahar, Di Santo.

Existem casos de jogadores que tiveram propostas grandes (não imediatamente para jogar) e que preferiram ir para clubes mais pequenos - transição de ambientes menos impactante - e que construiram uma carreira de sucesso, degrau a degrau. Carlos Eduardo brasileiro que hoje joga no Hoffenheim, é o último dos exemplos que conheço. Thiago Neves no Hamburgo é outro.

Outros ainda, fizeram a transição que Orlando Sá potencialmente vai fazer e ficaram esquecidos, porque chegaram ao topo e começaram a cair,sem ter sequer a oportunidade para se afirmarem. O factor psicológico começou a pesar demasiado e eles afundaram-se. Grandes promessas foram.

Eu defendo este tipo de passagens quando se faz em escalões mais jovens, como fez por exemplo Rui Fonte, do Sporting para o Arsenal. Assim, já sou mais céptico.

Mas,compreendo perfeitamente o jogador, e desejo-lhe todo o sucesso caso realmente vá! Até porque lhe reconheço muito potencial, e a Selecção nacional precisa dele.

Abraço

Pascoal Sousa disse...

Certo. De acordo, o Chelsea não é um modelo no aproveitamento dos jovens talentos. Mas essa política está a mudar, muito devagar, é verdade, mas existe vontade de formar uma bae para o futuro que não seja tão cara como a actual.
Já em relação à hipotética evolução do Orlando em Braga, não sei. Acho que iria continuar a ser 3.ª ou 4.ª opção. Mas isso sou eu a dizer...
Abraço