Inferno grego...

à(s) 23:29

quinta-feira, 27 de novembro de 2008


O título do post tem razão de ser. O estádio Karaskaiki foi um verdadeiro inferno para a equipa do Benfica. O Benfica sofreu o 0x1 aos 40 segundos do jogo.
Mas o golo inaugural do Olympiakos, foi sintomático em relação ao que se viria a passar no resto do encontro. Um desequilíbrio defensivo enorme, principalmente entre David Luiz (ainda não estaria preparado para um jogo desta exigência) e Jorge Ribeiro. A equipa do Olympiakos foi extremamente inteligente no aproveitamento do espaço concedido pelo Benfica, entre o central esquerdo e o lateral esquerdo.

O espanhol Valverde (que ao serviço do Espanhol, já eliminou o Benfica da taça UEFA), demonstrou ter a lição bem estudada. Apostou num 4x2x3x1, com dois médios mais posicionais - Dudu e Patsatzoglou a proteger a defesa (o elo mais fraco do Olympiakos) e três médios mais ofensivos - Belluschi (o tal que esteve nas cogitações do Porto), Djordevic (com uma missão mais de contenção, sobre o lado esquerdo) e Galletti (aberto no lado direito, mas recorrendo frequentemente a movimentos interiores) . Na frente o muito móvel Diogo. Foi aliás pelo sucesso da parceria entre Diogo e Galletti que o Olympiakos destroçou a defesa do Benfica, aproveitando o tal espaço entre David Luiz e Jorge Ribeiro, e o facto de o brasileiro sair imesas vezes da posição para procurar Diogo ou Belluschi. Aliás, por isso não jogou Kovacevic, mais estático, como homem mais avançado.
Quique Flores, montou o Benfica no 4x4x2 habitual, com Ruben Amorim sobre o lado direito e Binya no lugar de Katsouranis (o grego não estava a 100%). Ofensivamente, o Benfica fez um bom jogo. Circulou sempre a bola com qualidade, teve movimentos interessantes, oportunidades. No entanto, se há jogo que deve figurar nos manuais, sobre como se perde um jogo na defesa, é este. E nem falo do meio-campo defensivo, porque Yebda e Binya fizeram o seu papel. No entanto, Quique e os adeptos do Benfica terão saído deste jogo com algumas certezas: Luisão, ao contrário do que muitos dizem, ainda é o patrão da defesa, e quiçá da equipa. Faz muita falta. Jorge Ribeiro não terá qualidade para ser titular neste tipo de jogos. Binya e Balboa podem ser opções muito credíveis ao longo da época.
Quanto à qualificação (numa prova onde tinha ambições), não será preciso uma calculadora para se saber que estará praticamente fora do horizonte do clube da Luz.

Depois do Porto em Londres, da selecção no Brasil, do Sporting em Alvalde frente ao Barcelona, agora o Benfica em Atenas. Mau de mais para ser verdade. Acredito que estas goleadas não passem de infelizes coincidências, mas estes jogos devem fazer soar o alerta, porque não há memória destas conjugações de resultados na mesma época.
O Braga, perdeu o jogo nos últimos 10 minutos. Apesar de tudo o Wolfsburgo foi regra geral, superior, controlando o meio-campo. Ainda assim, um empate no campo do Herenveen, deixa os arsenalistas praticamente qualificados. Num grupo que não é nada fácil.

3 comentários:

Ricky_cord disse...

Terminada a tragédia é preciso um milagre para seguirem em frente

Carlos Saraiva disse...

Um empate no campo do Herenveen deixa o Brga praticamente qualificados?
Como se até a vitória pode não chegar!

http://chutodeletra.blogspot.com/

José Lemos disse...

Carlos,

O empate permite ao Braga fazer 4 pontos..O Herenveen está praticamente fora da corrida. Wolfsburgo e Milan estão fora do alcance do Braga. Sobra o Portsmouth, que recebe o Herenveen e à partida vence. Mas na próxima jornada vai à Alemanha, onde o favoritismo está todo do lado do Wolfsburgo, até porque os ingleses fora de casa são bastante frágeis.

Assim,fará 4 pontos e em igualdade pontual com o Braga, está em desvantagem.


Digamos que eu afirmei aquilo em termos teóricos, e não em termos aritméticos ;)
Apesar de obviamente não existirem favas contadas no futebol.