Motivos pessoais impediram-me de expressar uma análise sobre o sorteio das competições europeias, no que concerne especialmente às equipas portuguesas.
Começando pela Champions, penso que o Sporting não foi feliz no sorteio. Aliás, se quisermos falar em sorte, a única que o Sporting teve foi ter evitado o Man Utd. Ainda assim e falando em patamares, colocaria os alemães no primeiro juntamente com a equipa de CR7, Juventus e Liverpool no segundo e Roma e Panathinaikos num terceiro.
A equipa de Jurgen Klinsmann, depois de uma passagem pela Taça UEFA (onde na época passada atingiu as meias-finais), parece estar a regressar ao seu melhor nível. Para documentar esse facto, constatamos que num grupo que contava com Lyon e Fiorentina, o Bayern classificou-se em primeiro lugar, invencível, apenas com dois empates.
Com o pouco consensual Rensing na baliza (Butt é o seu suplente), Lahm à esquerda e Oddo à direita ocupam habitualmente as laterais, enquanto a dupla de centrais é sul-americana: Lúcio e Demichelis. À espreita para a zona central surge o belga Van Buyten. Na zona central do meio campo, Van Bommel tem sido praticamente indiscutível como homem mais recuado, tampão para as investidas contrárias. A seu lado, com mais liberdade para se soltar em tarefas mais ofensivas, Zé Roberto ou Tim Borowski, homens que possuem muita qualidade no remate. Nas alas, usando e abusando de movimentos interiores, Ribery à esquerda (a principal estrela da equipa) e Schweinsteiger à direita (perigosíssimo nas bolas paradas). Na frente são os fortes e perigosíssimos Toni e Klose as setas apontadas às balizas contrárias. Podolski continua a esperar por uma oportunidade.
No campeonato, o Bayern segue em primeiro lugar em igualdade pontual com o surpreendentemente Hoffenheim. Osso muito duro de roer para o Sporting, que precisará ser a equipa muito certinha e eficaz que tem sido na maior parte da Champions, e ganhar algum estofo que não demonstrou contra o Barcelona, para acalentar esperança de seguir em frente.
O Porto fará uma deslocação bem mais curta até Madrid. Para defrontar o Atlético. Aqui, se quisermos continuar a falar em sorte, chegamos à conclusão que o Porto evitou os teoricamente mais fortes Real Madrid, Inter e Chelsea e os teoricamente mais fracos Villarreal. Lyon e Atlético de Madrid seriam dos possíveis adversários, aqueles que mais se equivalem ao Porto, e surgindo o Atlético como adversário, penso que se tratará de uma partida muito equilibrada, e previsivelmente com muitos golos.
O Atlético qualificou-se em segundo lugar do seu grupo, apenas atrás do Liverpool, numa disputa muitíssimo equilibrada pelo segundo lugar. Terminou a primeira fase também sem derrotas, num grupo que, para além dos ingleses, contava com Marselha e PSV, boas equipas europeias, e habituais na Liga dos Campeões. No equilibradíssimo (por cima) campeonato espanhol, os colchoneros estão actualmente em 3º lugar a um ponto do Sevilla, e à frente de Real Madrid, Valência e Villarreal. Longe, em primeiro lugar, seguem os incríveis de Barcelona.
A equipa de Simão Sabrosa, joga num esquema muitíssimo semelhante ao Bayern, adversário do Sporting. Na baliza Coupet e Léo Franco vêm discutindo uma vaga entre os postes. São dois bons guarda-redes, embora o francês estando em forma, seja melhor jogador. Para formar o quarteto defensivo Javier Aguirre tem tido algumas dúvidas o que é natural, até porque domesticamente a equipa sofreu 23 golos em 16 jogos. Antonio Lopez, Perea, Pernia e Seitaridis formavam a defesa mais utilizada na época passada, mas as chegadas de Ujfalusi e Heitinga trouxeram um acréscimo de qualidade, para já ainda insuficiente. À frente da defesa, mais posicional o ex-Porto Paulo Assunção (que certamente não terá uma recepção muito favorável no Dragão), e ainda no centro, embora ligeiramente mais adiantado, surja Maniche (que ganhou o lugar a Raul Garcia). Nas alas, à direita o argentino e muito influente Maxi Rodriguez, e à esquerda Simão Sabrosa, que continua letal nas bolas paradas. Luis Garcia é um suplente de luxo. Como dupla avançada, os muito móveis Forlán e a super-estrela Kun Aguero. Estes dois homens são sinónimos de muitos golos (Pongolle, jogador também muito perigoso, é suplente da dupla). Este Atlético de Madrid é actualmente permeável defensivamente, mas tal facto também se deve ao grande ímpeto ofensivo que coloca no seu jogo. Numa eliminatória que prevejo muito equilibrada, o Porto terá de se preocupar em trazer um bom resultado do Vicente Calderon, onde sofrerá uma grande pressão, para tentar resolver a eliminatória na Invicta.
Pela Taça Uefa, o adversário do Braga, serão os belgas do Standard Liége, orientados por Laszlo Boloni. A equipa belga passou por uma travessia no deserto nos últimos anos, arredada dos títulos, mas o ex-jogador do Benfica Michel Preud'Homme devolveu alguma da glória passada ao clube, dando-lhe um título e operando uma verdadeira revolução na forma de trabalhar, apostando fortemente nas camadas jovens. Fellaini foi o primeiro a dar o salto, Defour e Witsel podem seguir-lhes os passos. Todos provenientes da academia dos belgas, e previsivelmente movimentando valores muito elevados. Na Liga Belga o Standard tem feito uma carreira algo abaixo das expectativas, ocupando actualmente o segundo posto atrás do Anderlecht. Pelo contrário, na Taça UEFA, foi primeiro colocado do grupo mais forte da fase inicial, apurando-se juntamente com Estugarda e Sampdoria, e deixando de fora os espanhóis do Sevilha.
Boloni esquematizou a equipa em 4x3x3, com Aragon na baliza, a (ex) promessa americana Onyewu a acompanhar Sarr no centro, enquanto os brasileiros Comozatto e Dante Bonfim (este já falado como estando na órbita do Benfica), ocupam as laterais direita e esquerda respectivamente. No meio campo o experientíssimo Wilfried Dalmat (um poço de técnica), acompanha as super promessas belgas Witsel e Defour. O trio ofensivo é constituído por De Camargo e Mbokani nas alas, a apoiar a principal estrela da equipa, e talvez o melhor jogador do campeonato belga, Milan Jovanic.
Prevejo igualmente uma eliminatória muito equilibrada, com o Braga a sentir algumas dificuldades. No entanto, o Braga tem provado ao longo da época que adquiriu já um importante estofo europeu, aliando boas exibições a bons resultados. No entanto, convém também não esquecer que o Standard Liége disputou a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, obrigando o Liverpool, a disputar um prolongamento. Além de tudo, duelo táctico interessante entre Jesus e Boloni.
Começando pela Champions, penso que o Sporting não foi feliz no sorteio. Aliás, se quisermos falar em sorte, a única que o Sporting teve foi ter evitado o Man Utd. Ainda assim e falando em patamares, colocaria os alemães no primeiro juntamente com a equipa de CR7, Juventus e Liverpool no segundo e Roma e Panathinaikos num terceiro.
A equipa de Jurgen Klinsmann, depois de uma passagem pela Taça UEFA (onde na época passada atingiu as meias-finais), parece estar a regressar ao seu melhor nível. Para documentar esse facto, constatamos que num grupo que contava com Lyon e Fiorentina, o Bayern classificou-se em primeiro lugar, invencível, apenas com dois empates.
Com o pouco consensual Rensing na baliza (Butt é o seu suplente), Lahm à esquerda e Oddo à direita ocupam habitualmente as laterais, enquanto a dupla de centrais é sul-americana: Lúcio e Demichelis. À espreita para a zona central surge o belga Van Buyten. Na zona central do meio campo, Van Bommel tem sido praticamente indiscutível como homem mais recuado, tampão para as investidas contrárias. A seu lado, com mais liberdade para se soltar em tarefas mais ofensivas, Zé Roberto ou Tim Borowski, homens que possuem muita qualidade no remate. Nas alas, usando e abusando de movimentos interiores, Ribery à esquerda (a principal estrela da equipa) e Schweinsteiger à direita (perigosíssimo nas bolas paradas). Na frente são os fortes e perigosíssimos Toni e Klose as setas apontadas às balizas contrárias. Podolski continua a esperar por uma oportunidade.
No campeonato, o Bayern segue em primeiro lugar em igualdade pontual com o surpreendentemente Hoffenheim. Osso muito duro de roer para o Sporting, que precisará ser a equipa muito certinha e eficaz que tem sido na maior parte da Champions, e ganhar algum estofo que não demonstrou contra o Barcelona, para acalentar esperança de seguir em frente.
O Porto fará uma deslocação bem mais curta até Madrid. Para defrontar o Atlético. Aqui, se quisermos continuar a falar em sorte, chegamos à conclusão que o Porto evitou os teoricamente mais fortes Real Madrid, Inter e Chelsea e os teoricamente mais fracos Villarreal. Lyon e Atlético de Madrid seriam dos possíveis adversários, aqueles que mais se equivalem ao Porto, e surgindo o Atlético como adversário, penso que se tratará de uma partida muito equilibrada, e previsivelmente com muitos golos.
O Atlético qualificou-se em segundo lugar do seu grupo, apenas atrás do Liverpool, numa disputa muitíssimo equilibrada pelo segundo lugar. Terminou a primeira fase também sem derrotas, num grupo que, para além dos ingleses, contava com Marselha e PSV, boas equipas europeias, e habituais na Liga dos Campeões. No equilibradíssimo (por cima) campeonato espanhol, os colchoneros estão actualmente em 3º lugar a um ponto do Sevilla, e à frente de Real Madrid, Valência e Villarreal. Longe, em primeiro lugar, seguem os incríveis de Barcelona.
A equipa de Simão Sabrosa, joga num esquema muitíssimo semelhante ao Bayern, adversário do Sporting. Na baliza Coupet e Léo Franco vêm discutindo uma vaga entre os postes. São dois bons guarda-redes, embora o francês estando em forma, seja melhor jogador. Para formar o quarteto defensivo Javier Aguirre tem tido algumas dúvidas o que é natural, até porque domesticamente a equipa sofreu 23 golos em 16 jogos. Antonio Lopez, Perea, Pernia e Seitaridis formavam a defesa mais utilizada na época passada, mas as chegadas de Ujfalusi e Heitinga trouxeram um acréscimo de qualidade, para já ainda insuficiente. À frente da defesa, mais posicional o ex-Porto Paulo Assunção (que certamente não terá uma recepção muito favorável no Dragão), e ainda no centro, embora ligeiramente mais adiantado, surja Maniche (que ganhou o lugar a Raul Garcia). Nas alas, à direita o argentino e muito influente Maxi Rodriguez, e à esquerda Simão Sabrosa, que continua letal nas bolas paradas. Luis Garcia é um suplente de luxo. Como dupla avançada, os muito móveis Forlán e a super-estrela Kun Aguero. Estes dois homens são sinónimos de muitos golos (Pongolle, jogador também muito perigoso, é suplente da dupla). Este Atlético de Madrid é actualmente permeável defensivamente, mas tal facto também se deve ao grande ímpeto ofensivo que coloca no seu jogo. Numa eliminatória que prevejo muito equilibrada, o Porto terá de se preocupar em trazer um bom resultado do Vicente Calderon, onde sofrerá uma grande pressão, para tentar resolver a eliminatória na Invicta.
Pela Taça Uefa, o adversário do Braga, serão os belgas do Standard Liége, orientados por Laszlo Boloni. A equipa belga passou por uma travessia no deserto nos últimos anos, arredada dos títulos, mas o ex-jogador do Benfica Michel Preud'Homme devolveu alguma da glória passada ao clube, dando-lhe um título e operando uma verdadeira revolução na forma de trabalhar, apostando fortemente nas camadas jovens. Fellaini foi o primeiro a dar o salto, Defour e Witsel podem seguir-lhes os passos. Todos provenientes da academia dos belgas, e previsivelmente movimentando valores muito elevados. Na Liga Belga o Standard tem feito uma carreira algo abaixo das expectativas, ocupando actualmente o segundo posto atrás do Anderlecht. Pelo contrário, na Taça UEFA, foi primeiro colocado do grupo mais forte da fase inicial, apurando-se juntamente com Estugarda e Sampdoria, e deixando de fora os espanhóis do Sevilha.
Boloni esquematizou a equipa em 4x3x3, com Aragon na baliza, a (ex) promessa americana Onyewu a acompanhar Sarr no centro, enquanto os brasileiros Comozatto e Dante Bonfim (este já falado como estando na órbita do Benfica), ocupam as laterais direita e esquerda respectivamente. No meio campo o experientíssimo Wilfried Dalmat (um poço de técnica), acompanha as super promessas belgas Witsel e Defour. O trio ofensivo é constituído por De Camargo e Mbokani nas alas, a apoiar a principal estrela da equipa, e talvez o melhor jogador do campeonato belga, Milan Jovanic.
Prevejo igualmente uma eliminatória muito equilibrada, com o Braga a sentir algumas dificuldades. No entanto, o Braga tem provado ao longo da época que adquiriu já um importante estofo europeu, aliando boas exibições a bons resultados. No entanto, convém também não esquecer que o Standard Liége disputou a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, obrigando o Liverpool, a disputar um prolongamento. Além de tudo, duelo táctico interessante entre Jesus e Boloni.
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