Grande entrevista

à(s) 18:20

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


Grande entrevista é o nome do programa de Judite Sousa. É no entanto também, como catalogo a entrevista de Carlos Queirós. Sempre com a serenidade que o caracteriza, o seleccionador não se escudou a falar de nenhum assunto, não deixando tabus no ar.
Em relação ao Sporting, teve a hombridade para assumir o seu erro e sendo certo que Queirós não é o único culpado da querela, espera-se agora para ver a reacção de Soares Franco.
Manteve sempre o cavalheirismo quando falou de Scolari, e sendo certo que considero que a tal "passagem de testemunho" tivesse sido importante, agora não há nada a fazer. Essa conversa teria sido importante no início e talvez nos tivesse poupado de alguns dissabores. Actualmente, como referiu e bem, a ponte entre a selecção e o Chelsea pode fazer-se por outros canais.

Depois, as questões mais técnicas. Concordo com a opção por César Peixoto, até porque se sabe, que salvo algum imponderável, os eleitos para a esquerda da defesa portuguesa no Mundial, serão Paulo Ferreira e um dos seguintes três: Antunes, Jorge Ribeiro e César Peixoto. Para decidir, nada melhor do que os treinos e os jogos. Mesmo que Peixoto não jogue nessa posição no Braga, o seu potencial e polivalência dão-lhe margem de crédito suficiente para esta chamada.
Quanto à questão do avançado, aí continuo sem perceber muito bem as opções de Queirós. Primeiro, não me pareceu correcto afirmar que Portugal continua não muito bem servido de avançados. Hugo Almeida não tem no aspecto mental o seu aspecto mais forte, e não sairá concerteza melhor de tudo isto.
Ao que parece as opções do seleccionador para a frente vão andar à volta de Almeida, Danny e Ronaldo. Quando se tem Postiga a voltar à melhor forma e quando Nuno Gomes pode ainda dar muito à selecção, tudo isto faz-me alguma confusão.

A terminar, a confiança inabalável de que Portugal marcará presença no Mundial 2010. É certo que somos o país do fado, mas nem se podia pensar de outra forma. Obviamente que vamos ainda muito a tempo da qualificação. E ao contrário do que dizem alguns dos profetas da desgraça, continuamos a ter margem para mais um ou outro deslize - que como é óbvio se dispensa.

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