Quando no próximo Domingo, Luisão e Bruno Alves liderarem as suas equipas em direcção ao relvado do Estádio da Luz, todo o Portugal futebolístico estará parado para assistir ao confronto entre aqueles que acredito serem os dois grandes candidatos ao título.
O jogo da 14ª jornada não terá um peso fundamental como se pode perceber pelo facto de ainda não termos atingido a primeira metade do campeonato. Contudo será muito importante, fora a óbvia questão pontual, para aferir os sinais que as equipas vêm dando nos últimos tempos.
Começando pelo Benfica, a crítica tem apontado algum decréscimo exibicional nos últimos tempos. A questão é relativa. Coloquemos a questão: será lógico colocar um rótulo com base em duas/três exibições/resultados menos positivos? O Benfica dos últimos jogos tem duas exibições que podem por em dúvida o seu crescimento, por dois motivos diferentes, mas igualmente preocupantes: Alvalade por alguma falta de ambição, Olhão pelo descontrolo emocional. Nesse sentido, o jogo com o Porto assume grande importância para que possamos perceber o que vale esta equipa. Será uma partida onde a ambição será necessária, será uma partida em que o controlo emocional será fundamental.
O modelo e o sistema de Jesus estão implementados, embora não tenhamos ainda assistido ao longo da época a uma opção alternativa em situações em que o jogo ou o resultado assim o exijam. Quando tal acontece, a ideia do seu treinador passa sempre pelo acréscimo de avançados, moldando-se à forma da equipa adversária defender. A questão é, não deveria ser o Benfica a fazer adaptar o adversário a uma nova forma de atacar? As baixas para o confronto com os Dragões, e a confirmar-se a ausência de Ramires, responderão em parte a esta questão. O Benfica terá que jogar de forma diferente, primeiro porque César Peixoto que irá assumir o lugar de Di Maria/Coentrão no meio-campo, significando tal facto, maior posse, maior critério, mas menos capacidade nas transições, menos assertividade. Depois porque Carlos Martins, Menezes ou Urreta assumirão o lugar de Ramires, significando nos dois primeiros casos uma maior aproximação ao meio e uma menor capacidade nas transições, enquanto que se a opção recair em Urreta, o equilíbrio defensivo não será tão forte.
Tudo isto somado à previsível titularidade de David Luiz no lado esquerdo da defesa, implicará um Benfica mais forte no meio, mais concentrado, mas com menos influência sobre os flancos. Na capacidade de Jesus preparar os jogadores para esta diferente forma de jogar, estará o maior ou menor sucesso dos Encarnados na partida.
O Porto tem respirado melhor no último mês. Mesmo estando ainda um ponto atrás do rival, as suas últimas exibições, aliados ao seu passado recente de inícios de temporada periclitantes e consolidação por alturas de Dezembro, trazem confiança aos seus adeptos. Os bons sinais foram dados frente a Rio Ave, Vitória de Guimarães e Atlético de Madrid, mas tal como no caso do Benfica, o jogo de Domingo ajudará a demonstrar se os últimos jogos são uma espécie de coincidência ou uma tendência importante.
Jesualdo Ferreira tem a vantagem de ter o seu núcleo duro completamente disponível, ao mesmo tempo que teve possibilidades de gerir a equipa de forma tranquila frente ao Vitória de Setúbal. O facto de, ao contrário do Benfica, não ter um outro confronto a meio da semana, permite ao treinador do Porto, focalizar os seus jogadores totalmente no confronto de Domingo.
Este Porto tem tido dois principais problemas. O primeiro e mais importante, é saber quem e como vai assumir preferencialmente a vaga de Lucho Gonzalez. Por lá têm passado sequencialmente Mariano Gonzalez, Guarin, Belluschi e de uma forma mais tímida Valeri, mas na Luz é previsivel que seja Guarín a assumir o posto, uma vez que no confronto a meio-campo estará parte da decisão do clássico. O segundo problema, tem a ver com a co-habitação pacífica e produtiva de Hulk com a equipa. Até agora, e exceptuando a partida de Madrid, os melhores jogos do Porto foram sem o brasileiro no onze, isto sem menosprezar a sua enorme qualidade individual. Assim, e como Rodriguez provavelmente actuará por saber muito bem baixar para quarto médio, a dúvida estará entre Varela, Hulk e Falcão. Em condições normais, Falcão seria titular, mas a provável titularidade de Sidnei, Luisão e David Luiz, estará a aliciar Jesualdo a apresentar um ataque mais móvel e mais susceptível de confundir marcações zonais.
Enfim, com um estádio cheio, um ambiente fantástico, excelentes executantes, e com as duas equipas separadas por apenas um ponto, estão reunidas todas as condições para um excelente espectáculo de futebol. Seja mais táctico ou mais aberto, os condimentos estão lá. Assim seja.
Começando pelo Benfica, a crítica tem apontado algum decréscimo exibicional nos últimos tempos. A questão é relativa. Coloquemos a questão: será lógico colocar um rótulo com base em duas/três exibições/resultados menos positivos? O Benfica dos últimos jogos tem duas exibições que podem por em dúvida o seu crescimento, por dois motivos diferentes, mas igualmente preocupantes: Alvalade por alguma falta de ambição, Olhão pelo descontrolo emocional. Nesse sentido, o jogo com o Porto assume grande importância para que possamos perceber o que vale esta equipa. Será uma partida onde a ambição será necessária, será uma partida em que o controlo emocional será fundamental.
O modelo e o sistema de Jesus estão implementados, embora não tenhamos ainda assistido ao longo da época a uma opção alternativa em situações em que o jogo ou o resultado assim o exijam. Quando tal acontece, a ideia do seu treinador passa sempre pelo acréscimo de avançados, moldando-se à forma da equipa adversária defender. A questão é, não deveria ser o Benfica a fazer adaptar o adversário a uma nova forma de atacar? As baixas para o confronto com os Dragões, e a confirmar-se a ausência de Ramires, responderão em parte a esta questão. O Benfica terá que jogar de forma diferente, primeiro porque César Peixoto que irá assumir o lugar de Di Maria/Coentrão no meio-campo, significando tal facto, maior posse, maior critério, mas menos capacidade nas transições, menos assertividade. Depois porque Carlos Martins, Menezes ou Urreta assumirão o lugar de Ramires, significando nos dois primeiros casos uma maior aproximação ao meio e uma menor capacidade nas transições, enquanto que se a opção recair em Urreta, o equilíbrio defensivo não será tão forte.
Tudo isto somado à previsível titularidade de David Luiz no lado esquerdo da defesa, implicará um Benfica mais forte no meio, mais concentrado, mas com menos influência sobre os flancos. Na capacidade de Jesus preparar os jogadores para esta diferente forma de jogar, estará o maior ou menor sucesso dos Encarnados na partida.
O Porto tem respirado melhor no último mês. Mesmo estando ainda um ponto atrás do rival, as suas últimas exibições, aliados ao seu passado recente de inícios de temporada periclitantes e consolidação por alturas de Dezembro, trazem confiança aos seus adeptos. Os bons sinais foram dados frente a Rio Ave, Vitória de Guimarães e Atlético de Madrid, mas tal como no caso do Benfica, o jogo de Domingo ajudará a demonstrar se os últimos jogos são uma espécie de coincidência ou uma tendência importante.
Jesualdo Ferreira tem a vantagem de ter o seu núcleo duro completamente disponível, ao mesmo tempo que teve possibilidades de gerir a equipa de forma tranquila frente ao Vitória de Setúbal. O facto de, ao contrário do Benfica, não ter um outro confronto a meio da semana, permite ao treinador do Porto, focalizar os seus jogadores totalmente no confronto de Domingo.
Este Porto tem tido dois principais problemas. O primeiro e mais importante, é saber quem e como vai assumir preferencialmente a vaga de Lucho Gonzalez. Por lá têm passado sequencialmente Mariano Gonzalez, Guarin, Belluschi e de uma forma mais tímida Valeri, mas na Luz é previsivel que seja Guarín a assumir o posto, uma vez que no confronto a meio-campo estará parte da decisão do clássico. O segundo problema, tem a ver com a co-habitação pacífica e produtiva de Hulk com a equipa. Até agora, e exceptuando a partida de Madrid, os melhores jogos do Porto foram sem o brasileiro no onze, isto sem menosprezar a sua enorme qualidade individual. Assim, e como Rodriguez provavelmente actuará por saber muito bem baixar para quarto médio, a dúvida estará entre Varela, Hulk e Falcão. Em condições normais, Falcão seria titular, mas a provável titularidade de Sidnei, Luisão e David Luiz, estará a aliciar Jesualdo a apresentar um ataque mais móvel e mais susceptível de confundir marcações zonais.
Enfim, com um estádio cheio, um ambiente fantástico, excelentes executantes, e com as duas equipas separadas por apenas um ponto, estão reunidas todas as condições para um excelente espectáculo de futebol. Seja mais táctico ou mais aberto, os condimentos estão lá. Assim seja.
4 comentários:
Eles choram, nao joga este, nao joga aquele, o outro ta castigado etc e tal... Podem e vao usar - ora vejamos - "perdemos mas sem jogadores fundamentais" ou "ganhamos e sem ter a equipa toda disponivel", serve para tudo ou nao? A nós só nos resta elevar o estandarte da luta contra o poder politico e desportivo, mostrar de que material somos feitos e ganhar, nada mais interessa.
Boa noite pessoal,o meu blogue chama-se lobos do Mar (VARZIM SPORT CLUB) e queria colocar todos os blogues de desporto no meu blog, se aceitarem colocar o nosso link no vosso blog faremos o mesmo no "Lobos do Mar"
www.adeptosdovarzim.blogspot.com
Aguardamos Resposta
Saudações
Saudações, visitem também o
http://zonadesportiva.blogspot.com/
Um bom jogo que acabou por decidir o campeonato
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