Quando no caminho de Portugal para o Mundial de 2010, se atravessaram selecções de classe média-alta europeia, como Dinamarca e Suécia, percebeu-se que o caminho não seria fácil. Contudo, o recente trajecto da selecção portuguesa nos últimos 4 anos, um dos melhores de sempre (senão o melhor), dava a confiança necessária de um apuramento que mais tarde ou mais cedo chegaria.
Mais ainda, mesmo tendo saído o competente Scolari, chegou Queirós (cuja escolha apoiei), homem conhecedor de todo o edifício da Federação, dos seus problemas, das suas virtudes, e alguém que a nível táctico tem boas competências consolidadas com o tempo e com experiências interessantes em diversos clubes.
Hoje, percebe-se que a chegada de Queirós foi um erro, mais por culpa própria, do que por culpa de quem o escolheu - Madail, que mesmo tendo uma péssima liderança federativa, não pode ser fortemente responsabilizado por uma escolha, que seria a mesma da esmagadora maioria dos portugueses.
Actualmente, não existem grandes dúvidas que Queirós falhou redondamente. Portugal pode chegar ao Mundial (e ainda acredito que chegará), Portugal poderia até vencer o Mundial, mas a partir do momento em que a equipa deixou de depender de si própria a 3 jornadas do final, de um grupo que mesmo não sendo fácil, não é 'de morte', o balanço não pode ser bom.
E não pode ser bom porque o Seleccionador se esqueceu do primeiro objectivo: a qualificação. Não deixa de ser curioso que apenas para esta dupla jornada Queirós tenha feito aquela que considero a melhor convocatória, apostando em jogadores de qualidade que poderiam permitir o sucesso imediato. Mas, fê-lo apenas quando é pressionado pelo tempo, pelos resultados, pelos dirigentes, pelos adeptos.
Para CQ, o percurso foi o inverso do razoável: experiências atrás de experiências quando a qualificação estava no início e longe de estar garantida, regresso à consolidação, aos melhores dos melhores, quando as perspectivas são negras.
Se as experiências efectuadas foram sempre duvidosas (e nesta premissa não incluo jogos particulares), as actuais certezas de Queirós são...incertezas! Assim se viu na partida do passado Sábado, onde o treinador fez aquilo que se compreende no adepto de bancada e não se pode admitir num treinador - ou seja, mudar em função do resultado e não em função dos sinais que a equipa dava dentro do campo.
Depois, ao contrário do que tenho lido, sou da firme opinião que a aposta em Liedson como primeira opção para rebater o resultado é errada. Não pela maior ou menor qualidade do 'levezinho', mas essencialmente porque continuo com grandes dificuldades para perceber como é que Queirós não percebe que Nuno Gomes, jogando mais ou jogando menos, continua a ser, dentro da nossa conjectura, o melhor jogador para actuar como avançando, aumentando o rendimento da equipa em geral e de Ronaldo em particular. De Nuno Gomes não se esperam golos atrás de golos da sua autoria, mas pode e deve esperar-se um aumento da quantidade e qualidade de situações de concretização por parte da equipa, precisamente pela sua inteligência, de arrastar marcações, de abrir espaços, de jogar ao primeiro toque.
Liedson mesmo marcando o golo do empate, teve uma prestação quase nula até cerca dos 80 minutos. Não é de estranhar esse facto, visto que acabara de cumprir a primeira concentração, os primeiros treinos com o grupo, visto até que tem feito exibições não mais do que razoáveis. O que é de estranhar é que tenha sido o jogador do Sporting a primeira opção do seleccionador nacional no momento mais complicado pelo qual passou Portugal no apuramento. Daqui se percebe um pouco o estado de espírito de CQ.
Agora resta a Portugal vencer os três jogos que faltam. Se Queirós continuar a recorrer a jogadores como Eduardo, Rui Patrício, Beto, Bosingwa, Miguel, Bruno Alves, José Castro, Pepe, Ricardo Carvalho, Miguel Veloso, Raul Meireles, João Moutinho, Tiago, Maniche, Deco, Simão, Danny, Nani, Ronaldo, Nuno Gomes e Liedson, se tiver a sorte de ver a afirmação de Quaresma no Inter, de César Peixoto no Benfica, de Hugo Viana no Braga, de Maniche no Colónia, eventualmente até de Postiga no Sporting, ou o recuperar da lesão de Paulo Ferreira no Chelsea e se com estes quiser construir e solidificar um grupo para tentar chegar ao Mundial e eventualmente cumprir com sucesso uma participação na prova, ao mesmo tempo que vai integrando gradualmente um ou outro jogador dos sub-21, as perspectivas de sucesso aumentam.
Se ao contrário pretender manter experiências incompreensíveis e alterações de sistema e modelo de jogo constantes, então dará definitivamente razão aqueles que afirmam que será realmente útil num gabinete, projectando e planeando todo o edifício da nossa Selecção, deixando o treino para alguém mais competente.
Ao contrário do que se tem afirmado, Portugal tem ainda sólidas aspirações de estar presente na fase final do Mundial. Essencialmente porque ao contrário do que se tem dito, a Dinamarca não poderá (repetindo o tristemente célebre jogo do Euro-2004) facilitar com a Suécia, uma vez que uma derrota caseira poderá atirar os dinamarqueses para o Play-Off onde poderá encontrar selecções fortes como França, Croácia ou Rússia. Assim sendo, resta-nos impreterivelmente vencer as nossas partidas, esperar por uma derrota da Suécia ou mesmo por um empate - transferindo a decisão para a diferença de golos. Vamos acreditar. Ou, excluindo 2004-2008, não fosse essa a nossa sina.
Mais ainda, mesmo tendo saído o competente Scolari, chegou Queirós (cuja escolha apoiei), homem conhecedor de todo o edifício da Federação, dos seus problemas, das suas virtudes, e alguém que a nível táctico tem boas competências consolidadas com o tempo e com experiências interessantes em diversos clubes.
Hoje, percebe-se que a chegada de Queirós foi um erro, mais por culpa própria, do que por culpa de quem o escolheu - Madail, que mesmo tendo uma péssima liderança federativa, não pode ser fortemente responsabilizado por uma escolha, que seria a mesma da esmagadora maioria dos portugueses.
Actualmente, não existem grandes dúvidas que Queirós falhou redondamente. Portugal pode chegar ao Mundial (e ainda acredito que chegará), Portugal poderia até vencer o Mundial, mas a partir do momento em que a equipa deixou de depender de si própria a 3 jornadas do final, de um grupo que mesmo não sendo fácil, não é 'de morte', o balanço não pode ser bom.
E não pode ser bom porque o Seleccionador se esqueceu do primeiro objectivo: a qualificação. Não deixa de ser curioso que apenas para esta dupla jornada Queirós tenha feito aquela que considero a melhor convocatória, apostando em jogadores de qualidade que poderiam permitir o sucesso imediato. Mas, fê-lo apenas quando é pressionado pelo tempo, pelos resultados, pelos dirigentes, pelos adeptos.
Para CQ, o percurso foi o inverso do razoável: experiências atrás de experiências quando a qualificação estava no início e longe de estar garantida, regresso à consolidação, aos melhores dos melhores, quando as perspectivas são negras.
Se as experiências efectuadas foram sempre duvidosas (e nesta premissa não incluo jogos particulares), as actuais certezas de Queirós são...incertezas! Assim se viu na partida do passado Sábado, onde o treinador fez aquilo que se compreende no adepto de bancada e não se pode admitir num treinador - ou seja, mudar em função do resultado e não em função dos sinais que a equipa dava dentro do campo.
Depois, ao contrário do que tenho lido, sou da firme opinião que a aposta em Liedson como primeira opção para rebater o resultado é errada. Não pela maior ou menor qualidade do 'levezinho', mas essencialmente porque continuo com grandes dificuldades para perceber como é que Queirós não percebe que Nuno Gomes, jogando mais ou jogando menos, continua a ser, dentro da nossa conjectura, o melhor jogador para actuar como avançando, aumentando o rendimento da equipa em geral e de Ronaldo em particular. De Nuno Gomes não se esperam golos atrás de golos da sua autoria, mas pode e deve esperar-se um aumento da quantidade e qualidade de situações de concretização por parte da equipa, precisamente pela sua inteligência, de arrastar marcações, de abrir espaços, de jogar ao primeiro toque.
Liedson mesmo marcando o golo do empate, teve uma prestação quase nula até cerca dos 80 minutos. Não é de estranhar esse facto, visto que acabara de cumprir a primeira concentração, os primeiros treinos com o grupo, visto até que tem feito exibições não mais do que razoáveis. O que é de estranhar é que tenha sido o jogador do Sporting a primeira opção do seleccionador nacional no momento mais complicado pelo qual passou Portugal no apuramento. Daqui se percebe um pouco o estado de espírito de CQ.
Agora resta a Portugal vencer os três jogos que faltam. Se Queirós continuar a recorrer a jogadores como Eduardo, Rui Patrício, Beto, Bosingwa, Miguel, Bruno Alves, José Castro, Pepe, Ricardo Carvalho, Miguel Veloso, Raul Meireles, João Moutinho, Tiago, Maniche, Deco, Simão, Danny, Nani, Ronaldo, Nuno Gomes e Liedson, se tiver a sorte de ver a afirmação de Quaresma no Inter, de César Peixoto no Benfica, de Hugo Viana no Braga, de Maniche no Colónia, eventualmente até de Postiga no Sporting, ou o recuperar da lesão de Paulo Ferreira no Chelsea e se com estes quiser construir e solidificar um grupo para tentar chegar ao Mundial e eventualmente cumprir com sucesso uma participação na prova, ao mesmo tempo que vai integrando gradualmente um ou outro jogador dos sub-21, as perspectivas de sucesso aumentam.
Se ao contrário pretender manter experiências incompreensíveis e alterações de sistema e modelo de jogo constantes, então dará definitivamente razão aqueles que afirmam que será realmente útil num gabinete, projectando e planeando todo o edifício da nossa Selecção, deixando o treino para alguém mais competente.
Ao contrário do que se tem afirmado, Portugal tem ainda sólidas aspirações de estar presente na fase final do Mundial. Essencialmente porque ao contrário do que se tem dito, a Dinamarca não poderá (repetindo o tristemente célebre jogo do Euro-2004) facilitar com a Suécia, uma vez que uma derrota caseira poderá atirar os dinamarqueses para o Play-Off onde poderá encontrar selecções fortes como França, Croácia ou Rússia. Assim sendo, resta-nos impreterivelmente vencer as nossas partidas, esperar por uma derrota da Suécia ou mesmo por um empate - transferindo a decisão para a diferença de golos. Vamos acreditar. Ou, excluindo 2004-2008, não fosse essa a nossa sina.
4 comentários:
o Queiroz é um boneco :)
mas IREMOS LÁ!!!
Portugal está impreterivelmente fora do Mundial...
http://aguia-de-ouro.blogspot.com/
A única coisa bôa que tem na Europa e Euros, porque Futebol é uma porcaria, Campeonato é o Brasileiro isso que é Futebol, pena que não temos dinheiro.
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